O candidato do PMDB e governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse por meio de uma nota oficial neste sábado que sua campanha segue dentro da lei. A declaração surgiu após o surgimento de indícios, apontados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TER-RJ) de que uma gráfica no bairro do Méier estaria participando de um esquema com dinheiro público envolvendo vários candidatos do PMDB.
“A campanha segue rigorosamente a lei e defende que toda denúncia deva ser apurada pelos órgãos competentes", disse a nota publicada pelo candidato.
No local foram encontrados boletos da gráfica em nome da Secretaria de Estado da Casa Civil no valor de R$ 340 mil. Além de cartazes da campanha de reeleição de Pezão, foram encontrados na gráfica cartazes de outras pessoas, como do ex-chefe da Casa Civil da prefeitura Pedro Paulo, que aparece em vários cartazes pela cidade como fazendo parte do “time de Eduardo Paes”. Na nota, o TRE-RJ afirma que a gráfica possui contratos com a prefeitura e o Governo do Estado.
A prefeitura, também por meio de nota, negou esse contrato. “A Prefeitura do Rio informa que não possui nenhum contrato com a High Level Signs. A prefeitura afirma ainda que não existe nenhum tipo de aplicação de recurso público municipal em financiamento de campanha eleitoral de qualquer candidato”, afirma.
Entre os deputados cujos cartazes foram encontrados na gráfica estão vários ligados direta ou indiretamente a Paes, como Rodrigo Bethlem (PMDB) - envolvido em outro escândalo de desvio de verbas municipais de ONGs quando era secretário municipal, Carlos Roberto Osório (PMDB), ex-secretário de Transportes e Sávio Neves (PEN), diretor do Centro de Operações Rio e que até este ano era presidente do Trem do Corcovado, ligado ao Governo do Estado. Além deles foram encontrados cartazes e banners de candidatos do PSDB e do PTdoB.
