O silêncio do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) nessas eleições pode ser sentido nas urnas. E a seu favor. Apesar de a bancada federal do Rio ter se renovado em 47%, ou seja, quase pela metade, Cabral mostrou que segue no comando. Fez seu filho, Marco Antonio Cabral (PMDB), deputado com 119 mil votos, a nona maior votação do Estado. Votação que foi liderada com ampla vantagem pelo conservador Jair Bolsonaro (PP), que teve 464 mil votos.
Cabral pode se orgulhar ainda de ter visto a reeleição de aliados como Eduardo Cunha (PMDB), Pedro Paulo (PMDB), Felipe Bornier (PSD), Washington Reis (PMDB) e de seu ex-secretário de transportes no estado, Julio Lopes (PP). O PMDB carioca subiu em Brasília de sete para oito deputados, e se contados os 15 estaduais e mais a possibilidade de reeleger Pezão, é uma vitória e tanto para quem saiu do governo beirando os 12% de aprovação.
O PR, do derrotado Anthony Garotinho, não pode se queixar dos seus seis deputados, entre eles a filha Clarissa, segunda deputada mais votada do Rio com 335 mil votos. O Psol cresceu um deputado é outro que pode ser considerar um vitorioso nessas eleições, se contar os cinco estaduais que fez.
Mas o caso de Marco Antonio e Clarissa, onde filho de peixe, peixinho é, não vale para Felipe Pereira, filho do Pastor Everaldo, candidato à presidência da República pelo PSC. Com pouco mais de 20 mil votos perdeu sua vaga na Câmara dos Deputados. Também perderam a vaga dois históricos do PT: Jorge Bittar e o ex-ministro Edson Santos. Além deles o ator Stepan Nercessian (PPS) também ficou fora.