RJ: Romário diz "meu apoio é pro Pezão, não pro Cabral"

17 out 2014 - 17h58
(atualizado às 18h09)

Depois da enorme quantidade de críticas recebidas por ter acertado apoio ao candidato do PMDB para o governo do Rio, Luiz Fernando Pezão, o senador eleito pelo PSB Romário Farias se explicou. “Meu apoio é ao administrador e ao governo Pezão e não ao governo Cabral”, disse na tarde desta sexta-feira, em agenda ao lado de Pezão em Niterói. Romário foi cobrado por ter sido um dos principais críticos aos custos das obras da Copa, entre elas o Maracanã, que gastou na reforma mais de R$ 1,3 bilhão. “O apoio não vai diminuir a cobrança. Repito, não estou apoiando o Cabral e sim o Pezão. Ele vai melhorar os aspectos negativos do governo anterior”, afirmou. Atrás de Romário, o deputado federal eleito, Marco Antonio Cabral, filho do ex-governador, ouviu tudo sem piscar.

<p>Pezão e Romário durante evento na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef)</p>
Pezão e Romário durante evento na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef)
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra

Romário e Pezão em sua primeira agenda juntos nessa campanha visitaram a Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef), no bairro Rio do Ouro, centro de excelência no esporte paralímpico, onde treinam nomes como Clodoaldo Silva, o tubarão paraolímpico, além da seleção brasileira de futebol de sete. “Quando acertamento o apoio, Romário me pediu três coisas: políticas para os deficientes físico, apoio ao esporte e um centro de tratamento de referência para pessoas com doenças raras”, disse Pezão.

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Pezão disse que pretende utilizar a Andef como modelo para levar centros de formação esportiva e de reabilitação a várias regiões do Estado. “Queremos unir muito esporte, e educação”, disse Pezão, que garantiu que as obras do novo estádio Célio de Barros, destruído após a reforma do Maracanã, devem começar antes do fim do ano, assim como a adequação do Parque Aquático Julio Delamare para os Jogos Olímpicos de 2016.

Na Andef os dois viram apresentações de dançarinos em cadeira de rodas, exibições de atletas paraolímpicos como Yagonny Silva, de 22 anos, que detem o recorde mundial dos 800 metros rasos na categoria T45 e da nadadora Mariana Gesteira, recordista brasileira dos 100 e 50 metros livres e dos 10 metros costa. “Romário foi uma grande surpresa como deputado, com seus projetos para pessoas com deficiência, e espero que siga assim no Senado”, disse Carmen Fogaça, diretora da Andef.

Por fim, Pezão reafirmou seu compromisso com a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição. “Estamos seguindo a orientação do vice-presidente Michel Temer e do que diz o partido nacional”, afirmou, deixando clara sua posição contrária à dissidência carioca do PMDB, que insiste no apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves. Romário negou ter decidido apoiar Aécio, apesar de seu partido, o PSB, já ter fechado questão. “Ainda não conversei com o Aécio e nem tenho data para conversar”, disse.

Romário na verdade está esperando apenas o PSB acertar sua fusão com o PPS para poder acertar seu ingresso em outro partido. O PMDB pode ser uma opção, desde que lhe garanta palanque para a prefeitura do Rio em 2016. Coisa que o prefeito Eduardo Paes não quer nem ouvir falar, pois já tem o deputado Pedro Paulo como seu escolhido. Marco Antonio Cabral ouviu tudo sem dizer nada.

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Fonte: Terra
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