Segundo nas pesquisas, Pezão vira principal alvo em debate

Debate organizado pela Rede TV reuniu cinco candidatos ao governo do Rio de Janeiro

3 set 2014 - 08h19
O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição pelo PMDB, Luiz Fernando Pezão, foi o principal alvo dos outros concorrentes no segundo debate entre os candidatos ao governo fluminense
O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição pelo PMDB, Luiz Fernando Pezão, foi o principal alvo dos outros concorrentes no segundo debate entre os candidatos ao governo fluminense
Foto: Lucas Rezende/Futura Press

Segundo colocado na pesquisa Ibope divulgada pouco antes do debate da Rede TV, na noite de terça-feira, o candidato do PMDB e atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi o principal alvo dos outros quatro candidatos participantes.

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Lindberg Farias (PT) começou desafiando Pezão a falar do seu passado de aliado de Garotinho e Rosinha no governo antes de se juntar ao governo Sérgio Cabral.

Em seguida, Pezão foi atacado por Marcelo Crivella (PRB), que disse que não atacaria ninguém, mas levantou a bola para Lindberg falar sobre um programa de rádio do governador que estaria zombando dos nordestinos. Pezão não pode responder porque não estava citado e nem aproveitou outra oportunidade para se defender.

O candidato do PMDB ainda teve que ouvir de Garotinho (PR) que seu governo era dos empresários de ônibus. Pezão parecia atordoado e nos intervalos era o único que se sentava e cruzava os braços. Tarcísio Motta (Psol) também criticou a política educacional de Pezão, mas bateu pesado em Garotinho a quem chamou de “mentiroso profissional”. Garotinho contra-atacou dizendo que no Psol não tem santo.

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Na hora do embate candidato a candidato Pezão não levou sorte no primeiro bloco: restou perguntar-lhe a Tarcisio Motta. Quando teve a chance de perguntar a Crivella, seu principal adversário, preferiu atacar Lindberg. Garotinho, Tarcisio Motta e Lindberg atacaram Pezão sobre os gastos da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo e a entrega à iniciativa privada do Complexo. Garotinho, que voltou a dizer que vai cancelar a concessão do Maracanã, foi confrontado por um jornalista por sua política de nomeação política de delegados de polícia. O candidato deu a volta ao mundo e não respondeu.

Lindberg foi contestado sobre o apoio de Dilma a Pezão, Garotinho e Crivella, e disse que não tinha ciúmes e voltou a atacar o governador. “O problema é que o PMDB traiu a presidente Dilma apoiando Aécio”, disse. Crivella, contestado por ser pastor licenciado da Igreja Universal, disse respeitar todas as religiões, inclusive as africanas e quem não é heterossexual como ele. Mas na segunda pergunta sobre o tema, no quarto bloco, se irritou. “Discriminação é de vocês que só fazem esse tipo de pergunta para mim”, disse, sendo defendido por Lindberg. Tarcisio foi colocado contra a parede sobre o apoio do Psol às manifestações e disse que seu governo vai tratar o tema com política e não com polícia.

A milícia também teve destaque no debate. Tarcisio Motta citou que as milícias começaram no governo Garotinho, avançaram no governo Rosinha e cresceram como nunca no gestão de Pezão. “Vocês não fazem UPP [Unidade de Polícia Pacificadora] na região de milícias porque eles elegem candidatos da base de vocês”, disse Motta. Garotinho disse que foi acusado de ser apoiado pela milícia e disse que crime se combate com polícia na rua e voltou a negar que vai acabar com as UPPs. Pezão ainda tentou atacar ligando milicianos a Garotinho, que rebateu perguntando: “O que faz mais mal: um miliciano que dirige van ou um deputado do PMDB que tem conta na Suíça e que era secretário do prefeito do Rio; ou de quem gasta dinheiro dançando na boquinha da garrafa em Paris?”

Mais ágil que o primeiro debate da rede Bandeirantes, o segundo encontro dos candidatos foi morno e mais baseado em ataques pessoais do que em discutir propostas para o Estado, num festival de frases de efeito para tentar conquistar o eleitor indeciso, que são 8% de acordo com a última pesquisa.

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Fonte: Terra
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