O candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias teve que interromper sua preparação para o debate desta noite na Band para participar de uma entrevista no RJTV. E teve dificuldades para explicar os processos que enfrenta no Tribunal de Contas do Estado por irregularidades do tempo que foi prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em um deles, é acusado de ter contratado mil funcionários fantasmas em duas secretarias. “Tudo isso é fruto de um relatório preliminar. Quando o TCE recebe uma denúncia de um adversário ou de um anônimo tem que investigar. Ainda não tive direito de defesa. Sou um candidato ficha limpa”, afirmou.
Lindberg passou os oito minutos da entrevista esfregando as mãos de maneira nervosa. Questionado sobre um suposto rombo de R$ 300 milhões nas contas do fundo de previdência do município e contratos irregulares envolvendo parentes, negou tudo. “Todo administrador público responde a questionamentos judiciais. Mas todos os processos que chegaram ao Supremo foram arquivados. E eles são muito rigorosos”, disse, apontando que seus dois adversários, Luiz Fernando Pezão do PMDB, e Anthony Garotinho, do PR, é que já tem condenações.
O candidato do PT disse ainda que pretende criar uma corregedoria no Estado do Rio de Janeiro se for eleito. Ele negou que tenha deixado o hospital da Posse, da cidade de Nova Iguaçu, em péssimo estado, conforme indicou relatório do SUS em 2010 e culpou o governo do Estado pelos problemas no hospital público. “O problema é que o Estado do Rio só governa para a zona turística. O hospital da Posse recebe pessoal de todos os municípios da Baixada e fica difícil”, justificou.
No fim, o candidato ainda disse que pretende criar o CIEP do século XXI com aulas em tempo integral e ensino profissionalizante. “Só ocupação policial não resolve, é preciso dar educação aos jovens”, concluiu.