Traficantes e milícias voltaram a impedir o acesso de candidatos a favelas do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e Região Metropolitana, de acordo com informações do jornal O Globo. Em comparação a outras eleições, as regras estão mais rígidas. Há casos de lista de candidatos proibidos de ir aos locais e também cobrança de valores entre R$ 80 mil a R$ 100 mil para liberar campanhas nas comunidades. O apoio de um líder comunitário pode valer até R$ 300 mil.
Entre os políticos proibidos pelos traficantes estão o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que disputa a reeleição, e o candidato a deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB), filho do ex-governador Sergio Cabral.
Segundo o jornal, por medo de represálias e por falta de testemunhas para depor os candidatos evitam registrar ocorrências nas delegacias e comunicar os casos à Justiça Eleitoral. Poucos políticos admitem publicamente o problema.
Um deles é o deputado estadual Carlos Minc (PT), que tenta se reeleger. O candidato disse que recebeu um recado para ficar longe da Rocinha. Já o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa Rocha (PSDB), que também tenta a reeleição, prefere nem tentar entrar nas comunidades controlados por milícias. “Me recuso a ter que pedir licença para alguém”, disse Rocha.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos