De virada, José Ivo Sartori (PMDB) conquistou uma das vagas para o 2º turno da eleição ao governo do Estado no Rio Grande do Sul. Sartori, que no final de agosto tinha apenas 5% de intenções de votos nas pesquisas chega ao segundo turno à frente do governador licenciado Tarso Genro (PT), candidato à reeleição - o peemedebista obteve 40,40% dos votos, ante 32,57% do petista.
Em uma disputa polarizada por Tarso e Ana Amélia Lemos (PP), Sartori foi crescendo aos saltos - principalmente na última semana da campanha. Em apenas uma das pesquisas divulgadas, no sábado, o peemedebista aparecia empatado com Ana Amélia. Na boca de urna, Sartori apareceu à frente de pepebista, mas com menos votos do que Tarso.
Ontem à noite, após a confirmação do resultado, Sartori se pronunciou na sede do diretório municipal do PMDB em Porto Alegre. “A população quer mudança e esse é o nosso caminho”, resumiu. Ele fez muitos agradecimentos, e lembrou a militância que não existe eleição ganha.
É bem verdade que Sartori, prefeito de Caxias do Sul (a segunda maior cidade do RS) por dois mandatos, insistia desde o início da campanha que, se dependesse das pesquisas, também não teria ganho as duas eleições consecutivas em Caxias, nos anos de 2004 e 2008. Mas, com Tarso e Ana Amélia travando uma disputa ferrenha, poucos lhe deram ouvidos.
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Geraldo Alckmin (PSDB), candidato ao Governo de São Paulo, eJosé Serra (PSDB), que disputa o Senado, estiveram no Colégio Santo Américo, em São Paulo
Foto: Alice Vergueiro
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Geraldo Alckmin (PSDB), candidato ao Governo de São Paulo, eJosé Serra (PSDB), que disputa o Senado, estiveram no Colégio Santo Américo, em São Paulo
Foto: Alice Vergueiro
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Geraldo Alckmin (PSDB), candidato ao Governo de São Paulo, eJosé Serra (PSDB), que disputa o Senado, estiveram no Colégio Santo Américo, em São Paulo
Foto: Alice Vergueiro
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Geraldo Alckmin (PSDB), candidato ao Governo de São Paulo, eJosé Serra (PSDB), que disputa o Senado, estiveram no Colégio Santo Américo, em São Paulo
Foto: Alice Vergueiro
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Candidato ao Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR) votou em Campos dos Goytacazes
Foto: Leonardo Berenger
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Candidato ao Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR) votou em Campos dos Goytacazes
Foto: Leonardo Berenger
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Luiz Pezão (PMDB), candidato ao Governo do Rio de Janeiro, votou em Ribeirão das Lajes
Foto: Leonardo Berenger
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Luiz Pezão (PMDB), candidato ao Governo do Rio de Janeiro, votou em Ribeirão das Lajes
Foto: Leonardo Berenger
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Luiz Pezão (PMDB), candidato ao Governo do Rio de Janeiro, votou em Ribeirão das Lajes
Foto: Leonardo Berenger
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Candidato ao Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR) votou em Campos dos Goytacazes
Foto: Leonardo Berenger
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Paulo Maluf votou no antigo Colégio Sacré Couer, em São Paulo
Foto: Renato S. Cerqueira
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Paulo Maluf votou no antigo Colégio Sacré Couer, em São Paulo
Foto: Renato S. Cerqueira
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Eduardo Suplicy (PT), candidato ao Senado por São Paulo, votou na capital paulista na manhã deste domingo (5)
Foto: Peter Leone
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Eduardo Suplicy (PT), candidato ao Senado por São Paulo, votou na capital paulista na manhã deste domingo (5)
Foto: Peter Leone
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Suplente do candidato José Serra ao Senado, José Aníbal (PSDB) vota em São Paulo
Foto: Facebook
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Gilberto Kassab, candidato ao Senado por São Paulo, votou no colégio Santa Cruz
Foto: André Lucas Almeida
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Candidato ao Senado do Rio de Janeiro, Cesar Maia votou em São Conrado
Foto: Carlos Monteiro
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Candidato ao Senado do Rio de Janeiro, Cesar Maia votou em São Conrado
Foto: Carlos Monteiro
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Alexandre Padilha (PT), candidato ao Governo de São Paulo, votou no Colégio Caetano de Campos, na capital paulista
Foto: Alex Falcão
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Alexandre Padilha (PT), candidato ao Governo de São Paulo, votou no Colégio Caetano de Campos, na capital paulista
Foto: Alex Falcão
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Paulo Skaf (PMDB) votou em São Paulo
Foto: Leonardo Benassatto
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Paulo Skaf (PMDB) votou em São Paulo
Foto: Leonardo Benassatto
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Candidato ao Senado pelo Rio, Romário votou ao lado da filha Ivy
Foto: Facebook
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, votou na manhã deste domingo acompanhado da filha em colégio no bairro de Moema
Foto: Paulo Lopes
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, votou na manhã deste domingo acompanhado da filha em colégio no bairro de Moema
Foto: Paulo Lopes
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, votou na manhã deste domingo acompanhado da filha em colégio no bairro de Moema
Foto: Paulo Lopes
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A candidata ao Governo do Paraná Gleisi Hoffmann (PT), votou em Curitiba na manhã deste domingo (5). Candidata não quis comentar sobre os resultados e disse que prefere não se antecipar
Foto: Wilson Pedrosa
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Fernando Henrique Cardoso votou no bairro de Higienópolis, em São Paulo, e fez um "45" (ou "54") com as mãos
Foto: Fernando Nunes
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Sula Miranda, candidata à Deputada Federal, votou no bairro da Vila Mariana, em São Paulo
Foto: Facebook/ FrankAguiar
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Cantor e candidato à Deputado Federal, Frank Aguiar votou em seu estado natal, o Piauí, neste domingo (5)
Foto: Facebook/ Sula Miranda
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Candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PT, Lindenberg Farias votou ao lado da família neste domingo (5), na 27ª zona eleitoral em Nova Iguaçu
Foto: Tasso Marcelo
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O candidato a Deputado Federal Agnlado Timóteo votou neste domingo (5), na zona sul do Rio de Janeiro
Foto: Francisco Silva
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Candidato ao Governo de Pernambuco pelo PSOL, Zé Gomes votou em Recife na Escola Vidal de Negreiros, em Afogados
Foto: Enzo Giaquinto/PSOL
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O candidato ao governo do RN pelo PSD, Robinson Faria, votou acompanhado da família em Natal
Foto: Frankie Marcone
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O candidato pelo PMDB ao governo do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves, chega para votar na Fundação José Augusto
Foto: Frankie Marcone
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O candidato petista ao governo de Mato Grosso, Lúdio Cabral, votou em seu colégio eleitoral neste domingo
Foto: Flávio André
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Pedro Taques, canditato do PDT ao Governo de Mato Grosso, chega para votar cercado de militantes no bairro Verdão, em Cuiabá
Foto: Divulgação
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O prefeito de Salvador, ACM Neto, e o candidato ao cargo de Senador Geddel Vieira Lima durante votação em Salvador, BA
Foto: Romildo de Jesus
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Candidato do PMDB ao governo de Alagoas, Renan Filho, se disse confiante da vitória no 1º turno
Foto: Divulgação
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Wellington Dias, candidato pelo PT ao governo do Piauí, chega para votar
Foto: Mauricio Pokemon
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O candidato ao governo da Bahia pelo DEM, Paulo Souto vota na Escola Pedro Calmon, em Salvador
Foto: Romildo de Jesus
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Fernando Pimentel, candidato ao Governo de Minas Gerais pelo PT, votou neste domingo
Foto: PimentelMinas
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Candidato do PT de Pernambucoao Senado, João Paulo Lima e Silva votou em seu colégio eleitoral
Foto: Instagram/ joaopaulolimaesilva
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Governador Confúcio Moura, do PMDB, concorre à reeleição em Rondônia
Foto: Ascom do candidato
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Expedito Júnior, do PSDB, concorre pela segunda vez ao governo de Rondônia
Foto: Ascom do candidato
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O candidato ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, durante votação em Brasília
Foto: Charles Sholl
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O candidato ao governo do Estado pelo PR, Jofran Frejat, votou acompanhado de familiares
Foto: Felipe Costa
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Chico Rodrigues (PSB), que assumiu o governador de Roraima depois da renúncia do titular, disse estar otimista para o 2º turno
Foto: Cyneida Correia
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Governador Agnelo Queiroz, do PT, concorre à reeleição
Foto: Ascom do candidato
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Suely Campos concorre ao governo do Estado de Roraima pelo PP depois da desistência de seu marido, Neudo Campos
Foto: Cyneida Correia
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O candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), vota no Recife
Foto: Antonio Cruz
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Ivo Sartori, candidato a governador pelo PMDB no Rio de Grande do Sul, votou neste domingo
Foto: Faceboo/ SartoriGovernador
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Cássio Cunha Lima, candidato pelo PSDB ao governo da Paraíba, concorre com seu antigo aliado, Ricardo Coutinho (PSB)
Foto: Ascom do candidato
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Ricardo Coutinho concorre à reeleição na Paraíba pelo PSB
Foto: Ascom do candidato
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O candidato ao governo de Goiás, Iris Rezende (PMDB), votou acompanhado pelo senador Ronaldo Caiado
Foto: Geovanna Cristina
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O candidato do PCdoB ao governo do Estado, Flavio Dino, foi eleito já no primeiro turno
Foto: Marco Britto
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Camilo Capiberibe, candidato ao governo do Amapá pelo PSB, votou acompanhado da família
Foto: Twitter
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O candidato ao governo do Estado, Eduardo Braga (PMDB) vota no Colégio Marechal Hermes da Fonseca, no Conjunto Cofasa, no Bairro Ponta Negra, em Manaus (AM)
Foto: Edmar Barros
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O governador e candidato a reeleição, José Melo (PROS) vota no colégio Ângelo Ramazotti, em Manaus (AM), neste domingo
Foto: Edmar Barros
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Camilo Santana (D), candidato pelo PT ao governo do Ceará, acompanhou o voto de sua vice, Maria Izolda
Foto: Ascom do candidato
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O candidato ao governo do Estado pelo PSDB, Reinaldo Azambuja, votou acompanhado da candidata a vice, Rose Modesto
Foto: Moisés Palácios
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Eunício Oliveira, candidato do PMDB, ao governo do Ceará votou confiante com um segundo turno
Foto: Jarbas Oliveira
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O senador Delcídio do Amaral concorre ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PT
Foto: Ascom do candidato
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O candidato ao governo do Rio, Marcelo Crivella, votou no Clube Marimbás, junto ao Forte de Copacabana
Foto: Murilo Rezende
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Atual governador, Simão Jatene (PSDB) tenta se eleger pela terceira vez no cargo
Foto: Raimundo Paccó
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Perillo já governou Goiás por três vezes e concorre ao quarto mandato
Foto: Lailson Damasio
Ele também se referia sempre à eleição de outro peemedebista, o ex-governador Germano Rigotto, em 2002. Naquela eleição, Antônio Britto (PPS) e Tarso Genro polarizavam a corrida. Mas Rigotto saiu de um patamar de 3% e venceu a eleição.
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Situação semelhante aconteceu em 2006, apesar de os peemedebistas preferirem esquecê-la. Em 2006 foi a vez de Rigotto e Olívio Dutra (PT) serem os favoritos. E de Yeda Crusius (PSDB) vencer no final. Rigotto, então governador, sequer passou para o segundo turno.
Fatores da virada
Ontem, a avaliação no comando de campanha do PMDB era de que uma série de fatores se somou para a virada. O sucesso da estratégia de apresentar Sartori como um homem simples, honesto e trabalhador, características atribuídas aos descendentes de italianos que colonizaram a Serra gaúcha, sua região de origem, foi um dos principais deles.
Em uma disputa na qual os favoritos se atacavam o tempo inteiro, a ideia de se colocar como uma alternativa menos belicosa também funcionou. O slogan de campanha de Sartori “Meu partido é o Rio Grande” toma por mote a diminuição das conhecidas divisões protagonizadas pelos gaúchos.
Por fim, ao registrar linha ascendente nas pesquisas, o candidato conseguiu se apresentar como alternativa para concentrar o chamado voto antipetista. Internamente, é acrescentado à avaliação o potencial individual de Sartori, que não dependeu de outros candidatos para crescer.
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No final de agosto, quando sua candidatura ainda estava no começo, parte de seus apoiadores acreditavam que a entrada do senador Pedro Simon (PMDB) na corrida ao Senado poderia ajudá-lo a melhorar os índices. A estimativa não se confirmou. Simon terminou ontem a corrida ao Senado em terceiro lugar, com 16,08% dos válidos.
Também no final de agosto, quando Marina Silva (PSB) surfava em sua própria “onda de nova política”, lideranças do PMDB gaúcho acreditavam que ela iria “puxar” Sartori. O candidato pemedebista fechou uma aliança local com o PSB e apoiava Marina para a presidência, apesar de parte do PMDB gaúcho estar com Dilma. Ontem, Marina encerrou o primeiro turno com 11,5% dos votos no RS.
Tarso na ofensiva
Para o 2º turno, porém, Sartori deve fazer algumas alterações. Primeiro, terá que decidir como se posicionará em relação à disputa entre Dilma e Aécio. E, ao mesmo tempo, passar a definir a estratégia para enfrentar a investida dos petistas, que promete ser forte. Ainda ontem à noite, Tarso avisou que o PT pretende partir para o debate “aprofundado.”
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“Não pensem que estamos abatidos, chateados ou nos sentindo injustiçados. Este é um processo político que termina em uma segunda etapa. Durante todo o tempo do primeiro turno, fomos atacados por todos”, afirmou o petista. “O candidato Sartori, que eu respeito, não apresentou nenhuma proposta e foi mostrado como alguém de fora da política. Isso não é verdade. Ele é um político partidário que tem responsabilidades em relação ao Estado. Vamos mostrar as contradições do seu discurso”.
Desde ontem, tanto Tarso como Sartori articulam o apoio de outros partidos, em especial o PDT. Sartori também vai procurar pela direção do PP. E Tarso pretende conversar com lideranças municipais progressistas.