Sartori e Tarso reagem à polêmica sobre piso salarial

Para Sartori (PMDB), PT usa declaração feita por ele em entrevista ao Terra para atacar "quem está na frente"; já Tarso (PT) fala em "desrespeito" de Sartori com os gaúchos

21 out 2014 - 14h20
(atualizado às 19h24)
Trecho da entrevista exibido pela campanha do PT
Trecho da entrevista exibido pela campanha do PT
Foto: Reprodução / Terra

Após a polêmica gerada pelas declarações do candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, sobre o pagamento do piso dos professores em entrevista concedida ao Terra, o peemedebista usou os momentos finais da sua propaganda na TV, desta terça-feira, para reclamar de uma tentativa do PT de destruir “quem está na frente”. Já o adversário Tarso Genro, exibiu o trecho polêmico da gravação com a narração de fundo: “este homem está desrespeitando os gaúchos, este homem não é sério para governar”.

Durante entrevista concedida ao Terra na segunda-feira, Sartori foi indagado sobre as críticas que vem sofrendo de seu adversário sobre a falta de propostas, ao que respondeu: “propostas, sim. Promessas, não. Até porque temos o exemplo do governo que está ai. Prometeu muito e não cumpriu (...) Eu fui lá no Cpers e não assinei o documento exigindo um compromisso de pagar ou resgatar o salário... o piso. O piso, vou lá no Tumelero e te dou um melhor, lá tem piso bom... Quem criou o  piso salarial, prometeu que ia fazer e não fez... Agora vai chegar no final do ano, o piso salarial dos professores do Rio Grande do Sul  vai ser um passivo de R$ 10 bilhões”.

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Pouco depois da entrevista, exibida ao vivo, a campanha do PT publicou apenas o trecho de pouco menos de 30 segundos, gerando muita polêmica nas redes sociais. Em seguida o peemedebista reagiu dizendo que a fala foi tirada do contexto e divulgou nota pedindo “desculpas por qualquer mal-estar causado, reforçando o respeito que tem pelos professores, lembrando que quem não respeita o magistério é o candidato Tarso, do PT”.

Já na propaganda eleitoral de hoje, Sartori se disse indignado com o que aconteceu: “o PT apela para destruir quem está na frente. Estou sendo vítima de mentiras e boatos da tropa de choque do PT, vídeos editados de programas de humor, frases fora de contexto que viram declarações. Vale tudo. O povo gaúcho não aguenta mais, neste domingo, vamos dar adeus a este jeito torto de fazer política”, afirmou o candidato peemedebista.

Ainda ontem, a declaração figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter gerando indignação no Centro de Professores do Estado (Cpers-Sindicato), que representa os professores no Rio Grande do Sul. “Se ele trata assim em tempos de eleição quando precisa de votos, imagina como vai ser quando for eleito”, disse a presidente da entidade, Helenir Oliveira.

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Fonte: Terra
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