Tarso: desativação do Presídio Central ficará para 2015

Em entrevista para a Ulbra TV, em parceria com o Terra e o site Sul21, o governador gaúchou alfinetou a senadora Ana Amélia Lemos afirmando que a candidata tem dificuldade de entender como funciona o Estado

7 jul 2014 - 21h55
(atualizado às 22h11)
<p>Tarso Genro prometeu desativar o Presídio Central até 2015</p>
Tarso Genro prometeu desativar o Presídio Central até 2015
Foto: Luiz Munhoz / Divulgação

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), candidato à reeleição, disse nesta segunda-feira que o Presídio Central, uma das piores casas prisionais do País, conforme avaliação do Conselho Nacional de Justiça, será totalmente desativado até o primeiro semestre de 2015. Segundo Tarso, a transferência de presos já iniciou e a previsão é que até o fim do ano cerca de 60% a 70% do contingente de mais de quatro mil apenados já esteja em outras cadeias. A data de fechamento do Central já foi alterada outras vezes pelo governo. A previsão anterior era executar a tarefa até o fim de 2014.  “Depois de 40 anos de promessas de vários governos, os presos estão sendo transferidos. Durante o primeiro semestre do ano que vem nós acabaremos o esvaziamento. Estamos terminando outros presídios, um em Canoas, inclusive. Estamos terminando outros que estavam parados. O sistema penitenciário do Estado está dando um salto pela primeira vez”, afirmou o candidato petista em entrevista na Ulbra TV, em parceria com o Terra e o site Sul 21.

Durante a entrevista, Tarso claramente escolheu a senadora Ana Amélia Lemos (PP) como a principal rival na disputa e alfinetou a candidata sobre o pagamento do piso dos professores. Em entrevista anterior, a progressista reclamou que teria de pagar o acordo do governo atual. “Os aumentos que nós comprometemos a fazer são do atual governo. Se encerram agora. Os 13% restantes serão pagos em novembro, totalizando 76,6% de aumento real. A candidata (Ana Amélia) tem dificuldade de entender o que é o Estado, o que é gestão publica. A pessoa comete esses enganos”, disparou. Segundo ele, a progressista ressaltar que vai honrar o compromisso “é uma obviedade delirante”. “O aumento é aprovado pela assembleia, comprometido em lei, é uma obrigação legal do mandatário. Tem que compreender esses vazios de informações (dela)”, ponderou o petista.

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Governador gaúcho participou entrevista na Ulbra TV
Foto: Luiz Munhoz / Divulgação

O governador afirma que sofreu agressões vis de parte do Cpers (sindicato dos professores do Estado) sobre o não pagamento do piso, um comprometimento de campanha, e que sua resposta será dada com comparações. “Nenhum governo deu em quatro anos 50% aumento real”, destacou. Tarso diz que a questão do piso é delicada já que “ninguém sabe direto o que é. É um piso estapafúrdio. Tem uma deformidade do ponto de vista constitucional, isso não existe não tem precedente”, reclamou do cálculo que, segundo ele, inviabilizaria as contas do governo se fosse integralmente cumprido. 

Laçaço contra o privatismo

O governador gaúcho afirmou que a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) foi um “laçaço” no privatismo e que feriu os interesses de setores interessados na manutenção do sistema anterior de pedágios. Segundo ele, a empresa já recuperou 700 km da malha e conseguiu reduzir em 30% o valor médio das tarifas. “As estradas foram entregues completamente deterioradas. Uma extorsão imposta à população. Não vamos aceitar que os valores sejam exorbitantes”, declarou.

Tarso aproveitou para alfinetar a candidata do PP ao governo, Ana Amélia Lemos, considerada principal rival na corrida ao Piratini
Foto: Luiz Munhoz / Divulgação

Uma das rodovias mais importantes da região metropolitana de Porto Alegre, a RS-118 deverá ser finalizada até o fim de 2015, segundo o petista. De acordo com Tarso, as obras intermináveis na estra são “um dos modelos de deteriorização dos modelos de administração pública. Investimento quatro vezes mais do que os três últimos governos investiram. Vamos entregar 13 quilômetros neste ano e no próximo ano vamos terminar”, prometeu. 

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Renegociação da dívida do Estado

A renegociação do indexador da dívida do Estados foi uma das bandeiras de Tarso durante a sua gestão. As negociações avançaram, o projeto chegou a ir para o Congresso, mas a votação foi adiada para novembro, depois das eleições. Tarso aponta que o adiamento foi um acordo com o governo federal. “O governo me fez uma proposta e deixa para novembro a votação para não entrar no contencioso eleitoral”, explicou. 

Tarso disse que a criação da EGR foi um "laçaço" contra a privatização das rodovias
Foto: Luiz Munhoz / Divulgação
Fonte: Terra
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