Roberto Jefferson ficará preso em Bangu 8 após atacar agentes da PF

Ex-deputado está no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas deve ser transferido para Bangu 8 ainda nesta segunda-feira

24 out 2022 - 09h28
(atualizado às 12h37)
Roberto Jefferson recebeu a Polícia Federal a tiros; dois policiais foram feridos
Roberto Jefferson recebeu a Polícia Federal a tiros; dois policiais foram feridos
Foto: Eduardo Matysiak / Futura Press / Estadão Conteúdo / Reprodução

O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi encaminhado ao presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no início da madrugada desta segunda-feira, 24, após atacar com tiros de fuzil e granadas agentes da Polícia Federal em Comendador Levy Gasparian (RJ). Jefferson deve ser transferido para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, ainda nesta segunda-feira.

Jefferson foi preso pela Polícia Federal, no começo da noite de domingo, após resistir à prisão com tiros de fuzil e uma granada. Ele se entregou na noite de ontem, após 8 horas de descumprimento da ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Três viaturas da PF deixaram a sua casa, onde cumpria prisão domiciliar desde o início do ano. Jefferson estava em uma delas, sendo transferido para a sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde chegou pouco depois das 21 horas.

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Os agentes da PF foram atacados enquanto cumpriam o mandado de prisão. Os agentes Karina Miranda e Marcelo Vilela, feridos na operação, estão fora de perigo.

A prisão ocorreu depois de Moraes ordenar que a prisão de Jefferson deveria ser feita 'independentemente do horário', O ministro declarou ainda que a intervenção de "qualquer autoridade em sentido contrário, para retardar ou deixar de praticar, indevidamente o ato, será considerada delito de prevaricação".

Para cumprir um mandado de prisão expedido por Moraes por "notórios e públicos" descumprimentos de medidas cautelares impostas a Jefferson, os agentes da Polícia Federal se deslocaram até o município no interior fluminense ainda no sábado, 22. Em sua decisão para revogar o benefício de prisão domiciliar, o ministro Alexandre de Moraes cita as "ofensas e agressões abjetas" feitas à ministra Cármen Lúcia na sexta-feira, 21, quando o ex-parlamentar a chamou de "Bruxa de Blair" e "prostituta arrombada".

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