A lista com os 10 candidatos mais ricos a concorrerem nas eleições municipais em cidades com mais de 200 mil habitantes neste domingo, 6, inclui nomes como o de Sandro Mabel, que concorreu ao cargo de prefeito de Goiânia (GO), e Pablo Marçal, ex-coach que disputou a Prefeitura de São Paulo (SP).
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Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram os valores dos bens declarados por cada um dos candidatos, e as informações estão disponíveis publicamente.
A seguir, veja como foi o desempenho dos 10 candidatos mais ricos do Brasil nas eleições municipais.
10. Luciano Almeida (PP) - Piracicaba (SP) - R$ 30 milhões
Luciano Almeida (PP) é o atual prefeito de Piracicaba, e concorreu à reeleição. Ele perdeu a votação, devido ao baixo índice de aprovação dos eleitores, e acabou a disputa em sexto lugar.
9. Mauro Campos (Novo) - Volta Redonda (RJ) - R$ 31 milhões
Engenheiro e empresário do ramo da construção civil, Mauro concorreu a prefeito de Volta Redonda, mas ficou em segundo lugar na eleição e perdeu para Neto (PP).
8. Renato Silva (PL) - Cascavel (PR) - R$ 37 milhões
O atual vice-prefeito de Cascavel, de 73 anos, concorreu ao cargo de prefeito e foi eleito neste domingo, 5, com 56,41% dos votos válidos.
7. Datena (PSDB) - São Paulo (SP) - R$ 38 milhões
O apresentador José Luís Datena (PSDB) concorreu ao cargo de prefeito de São Paulo neste domingo, mas acabou em quinto lugar, com apenas 1,84% dos votos válidos.
6. Helinho Zanatta (PSD) - Piracicaba (SP) - R$ 46 milhões
Helinho Zanatta (PSD) ficou em segundo lugar para prefeito de Piracicaba, com 26,59% dos votos válidos, e não se elegeu. Ele é empresário do agronegócio e foi prefeito de Charqueada por dois mandatos, entre 2001 e 2008 e de São Pedro por dois mandatos, de 2013 a 2020. Em 2022, foi eleito deputado estadual.
5. Netinho Reis (MDB) - Duque de Caxias (RJ) - R$ 46,4 milhões
Netinho Reis estreou na vida política nestas eleições e venceu con 54,08% dos votos válidos. Eleito prefeito de Duque de Caxias, o empresário é sobrinho do ex-prefeito e atual secretário estadual de Transportes e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, Washington Reis, e também do atual mandatário, seu tio-avô Wilson Miguel (MDB).
4. Eduardo Girão (Novo) - Fortaleza (CE) - R$ 48 milhões
O senador do Ceará disputou a prefeitura de Fortaleza, mas não se elegeu. Ele recebeu apenas 1,06% dos votos válidos, e terminou a eleição em quinto lugar.
3. Clébio Lopes Jacaré (União) - Nova Iguaçu (RJ) - R$ 49 milhões
Candidato mais rico do Rio de Janeiro, Clébio Jacaré teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), devido a uma operação de combate ao crime organizado. Ele foi apontado como líder de uma organização criminosa que atuava dentro da prefeitura de Itatiaia, e foi preso em 2022, mas solto em seguida.
Sua candidatura não foi liberada, mas Clébio terminou em segundo lugar nas eleições municipais. Mesmo se fosse liberado pela Justiça, ele não iria para o segundo turno.
2. Pablo Marçal (PRTB) - São Paulo (SP) - R$ 169 milhões
O autodeclarado ex-coach Pablo Marçal foi candidato a prefeito em São Paulo. Ele terminou a disputa em terceiro lugar e ficou de fora do segundo turno.
O empresário ganhou fama na internet vendendo cursos, e cresceu na política com uma retórica bolsonarista e pregando a "prosperidade financeira". Marçal declarou patrimônio à Justiça Eleitoral em diversas aplicações e sociedades, além de um terreno e de um prédio comercial.
1. Mabel (União) - Goiânia (GO) - R$ 313 milhões
Sandro Mabel é o candidato mais rico do Brasil a concorrer à prefeitura. Ele disputa o cargo no segundo turno contra Fred Rodrigues (PL). Mabel é apoiado pelo governador de Goiás, e entrou para a política em 1990, tendo sido deputado federal por 20 anos.
Na lista de bens de Mabel, estão, além de investimentos e dinheiro em contas bancárias, duas casas, nove apartamentos, R$ 500 mil em espécie, 41 terrenos, um helicóptero de R$ 3 milhões e uma obra de arte de R$ 160 mil. Sandro Mabel é herdeiro da empresa que ficou famosa no Brasil na produção de biscoitos e chegou a ser a segunda maior do país no ramo. A companhia foi vendida em 2011 para a Pepsico.