O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o deputado federal André Janones (Avante) protagonizaram uma briga nos bastidores do primeiro debate presidencial realizado na noite deste domingo, 28, nos estúdios da Band, em São Paulo.
O clima na área vip esquentou enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondia a pergunta feita pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), no primeiro embate do evento.
A campanha de Bolsonaro reagiu a réplica do petista, que citava a queda do desmatamento em seu governo, com gritos de 'mentira'. Em meio a gritaria, Salles partiu para cima de Janones, mas foi repreendido pelos seguranças. Após o incidente, a segurança foi reforçada na área vip, local onde jornalistas e integrantes das campanhas dos presidenciáveis acompanham o debate.
Quase saiu pancadaria agora no lounge da Band. O bolsonarista Ricardo Salles e o lulista André Janones se exaltaram e precisaram ser separados pela segurança. Confusão começou quando Lula citou queda no desmatamento em seu governo e Salles contestou aos gritos #OGlobonasEleicoes pic.twitter.com/lf8moOOvKV
— Bernardo Mello Franco (@BernardoMF) August 29, 2022
Em entrevista ao Terra, Janones disse que foi alvo de provocação desde o momento em que chegou aos estúdios da Band. "[Me chamaram de] vagabundo, safado. Aí eu peguei o celular para ver se eram mesmo valentes. Lá fora é valente. Tudo miliciano [...] Ele veio pra cima e dali pra frente vocês viram", contou o deputado federal.
Segundo ele, o pano de fundo da briga seria um projeto de lei autoria de sua autoria. "Quando for aprovado pessoas como ele vão apodrecer na cadeia, né? Então a revolta dele é por causa disso."
Durante a entrevista, Janones se envolveu em nova discussão. Integrantes do PL começaram a provocar, e o escritor Adrilles Jorge, filiado ao PTB, chamou o deputado federal para a briga.
Ao final do debate, Salles acusou Janones de armar a confusão para gerar engajamento nas redes sociais. "O cara quis aparecer, entrou no estúdio já com o telefone na mão, provocando as pessoas para gerar reação. Ou seja, quando não tem conteúdo, quer lacrar na internet criando constrangimento e gravando [...] Prova de mau caráter", disse o ex-ministro, que disse que não pretende processar o deputado e ainda o chamou de insignificante.