Após vencer eleição, Nunes defende fim de contrato com Enel e tarifa de ônibus sem reajuste

Emedebista foi reeleito prefeito de São Paulo no domingo, 27, em disputa contra o candidato do PSOL, Guilherme Boulos

28 out 2024 - 11h09
(atualizado às 11h45)
Após vencer eleição, Nunes defende encerrar contato com Enel e quer manter tarifa de ônibus sem reajuste
Após vencer eleição, Nunes defende encerrar contato com Enel e quer manter tarifa de ônibus sem reajuste
Foto: Reprodução/TV Globo

Após ser reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu o encerramento do contrato com a Enel, empresa responsável pela gestão de energia elétrica na capital e em outras cidades da Região Metropolitana, e afirmou que quer manter a tarifa de ônibus com o mesmo preço na cidade. O emedebista deu entrevista à TV Globo na manhã desta segunda-feira, 28.

No segundo turno da eleição municipal pela prefeitura da capital paulista, Nunes enfrentou o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Com 100% das urnas apuradas, o prefeito teve 59,35% (3.393.110) dos votos computados, enquanto Boulos contou com 40,65% (2.323.901). Votos nulos foram 6,75% (430.756), em branco 3,67% (234.317). As abstenções representaram 31%, o equivalente a 2.940.360 em números absolutos.

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Contrato com a Enel e poda de árvores

Questionado sobre o contrato com a Enel após vários episódios de apagão na capital paulista, sendo o mais recente em outubro deste ano, em que milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica, Nunes disse que a empresa "tem que sair" da cidade.

"Reeleito com essa votação expressiva, portanto, inegavelmente com muito mais peso político, eu começo, junto com o Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo], por mais força ainda para tirar essa empresa daqui. Essa empresa tem que sair da cidade de São Paulo", afirmou o prefeito.

"O governo federal, o Presidente da República, esse péssimo Ministro de Minas e Energia têm que tomar uma atitude [...] A concessão é federal, a regulação é federal e a fiscalização é federal. Então, o governo federal precisa olhar para a população de São Paulo e tirar essa empresa. Nós temos que fazer uma ação para ter uma nova empresa com responsabilidade e isso, se o presidente quiser fazer, ele faz em um minuto, basta assinar o decreto fazendo intervenção, ele tira a diretoria da Enel, põe um interventor para começar a cuidar da cidade", acrescentou.

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A queda de árvores na cidade está entre os fatores que levou à falta de energia elétrica em São Paulo durante os apagões. Só no primeiro semestre deste ano, a capital tinha uma fila de 13,9 mil pedidos de poda ou remoção de árvores.

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Sobre o tema, o emedebista culpou a Enel.

"Eu queria fazer um exercício com vocês. Vocês vão estar andando pela rua, olhem a fiação e as árvores, vocês vão ver muitas árvores que passam pela fiação. O problema é a Enel. [...] A grande questão é que quando a árvore está encostada no fio é a Enel que faz essa poda, não é a Prefeitura de São Paulo. Ninguém está empurrando nada. É que se você não desligar energia, coloca em risco a vida do profissional, então a Enel vai, desliga energia e a gente faz a poda", disse, sem explicar quais ações serão tomadas para reduzir a fila de podas.

Tarifa congelada

A tarifa de ônibus de São Paulo custa R$ 4,40 e há quatro anos não há reajuste do valor. Segundo o prefeito, ele quer manter o valor congelado, mas disse que apenas em dezembro a gestão vai avaliar o preço da passagem.

"Uma coisa que eu sempre fiz e vou continuar fazendo é o governando com responsabilidade. A questão da saúde financeira da cidade, a responsabilidade fiscal, isso é muito importante para a gente poder colocar todos os serviços em atendimento. Quando chega em dezembro é que a gente pega todos os dados do dissídio, o valor do diesel e a questão da política pública de mobilidade para tomar uma decisão. Então, em dezembro, eu sento com a equipe para tomar decisão. Se a gente consegue manter, é a minha vontade, ou se não consegue manter e explicar por que não vai manter", explicou.

Coronel Mello Araújo

Durante a entrevista, o prefeito também comentou que ainda não conversou com o vice-prefeito, coronel Mello Araújo, sobre as funções que o vice exercerá a partir do ano que vem, mas disse que ele pode ter uma secretaria executiva.

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"Acho que uma secretaria executiva que ele possa me ajudar é na questão da Segurança Pública, pode estar ajudando a questão da zeladoria, ou seja, acompanhar mais de perto algumas políticas públicas que a gente está desenvolvendo e vai desenvolver mais específicas, eu chamo de ações prioritárias."

Fonte: Redação Terra
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