Eleições em SP: Nunes confirma encontro com Bolsonaro, e Boulos desconversa sobre índice de rejeição

Candidatos cumpriram agendas em diferentes pontos da cidade na busca por votos dos eleitores paulistanos no segundo turno

11 out 2024 - 22h11
(atualizado às 22h22)
Boulos fez carreata em bairros da periferia, e Nunes participou de feira de empreendedorismo
Boulos fez carreata em bairros da periferia, e Nunes participou de feira de empreendedorismo
Foto: TIAGO QUEIROZ/FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO - Montagem: Redação Terra

O dia dos candidatos à Prefeitura de São Paulo foi marcado por agenda em diferentes pontos da cidade, pela repercussão em torno da divulgação da primeira pesquisa do segundo turno das eleições e pela busca de votos de apoiadores de Pablo Marçal (PRTB).

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Nesta sexta-feira, 11, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) fez uma carreata em bairros da zona norte da capital paulista e adotou a estratégia de ser "sabatinado" por moradores da região. Já o prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), participou de um evento de empreendedorismo e confirmou encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu aliado político, no próximo dia 22.

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Boulos aposta em carreata em bairros em que Nunes venceu

Após um bate e volta a Brasília, o psolista retornou a São Paulo e continuou, nesta sexta-feira, sua busca por votos dos eleitores paulistanos. Hoje, Boulos foi aos bairros Freguesia do Ó e Brasilândia, na zona norte da capital. Essas zonas eleitorais tiveram uma votação bastante dividida entre os candidatos no primeiro turno, mas Nunes levou a melhor por uma pequena diferença de votos, de acordo com a Justiça Eleitoral. 

Boulos iniciou a agenda na Brasilândia, onde foi "entrevistado" por moradores do bairro. Na ação de hoje, chamada de "Se vira nos 50" e que já foi realizada em outros anos pelo candidato, ele respondeu perguntas de eleitores sobre as suas propostas para a cidade. Entre os "entrevistadores", estavam crianças, jovens e idosos. O candidato do PSOL se desafiou a responder os questionamentos em 50 segundos.

"Eu vou fazer isso em toda atividade de rua [...] Eu vejo o meu adversário, parece um discurso robozinho, ensaiado por marqueteiro. Eu quero conversar olho no olho com o nosso povo na rua", disse Boulos sobre a estratégia adotada a partir de agora. 

O candidato continuou os acenos aos eleitores de Pablo Marçal (PRTB). Um dos moradores da região relatou que votou no empresário no primeiro turno das eleições municipais e que, no segundo turno, estava pensando em não ir às urnas. Boulos então argumentou para tentar virar o voto a seu favor. Nesta semana de campanha, tanto Boulos quanto Nunes competiram pelos votos de Marçal.

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"Eu sei que muita gente que votou no Marçal é porque está indignado, não vê a Prefeitura ajudando na vida. Agora, nesse segundo turno, são dois caminhos: deixar o mesmo grupo que já está no poder ou votar em quem quer mudança, aí é comigo", afirmou Boulos. 

Eleições em SP: Boulos faz debate com eleitores e tenta virar votos de Marçal
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Depois, o candidato foi para o Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó e, de lá, iniciou uma carreata pela região. O evento durou em torno de 1h30, contou com personagens de 'Carreta Furacão' e cânticos como "É a carreta da mudança, é a carreta do amor". No caminho, Boulos acenou e cumprimentou eleitores em cima do carro.

Em entrevista à imprensa, Boulos desconversou sobre a divulgação da primeira pesquisa do segundo turno das eleições, realizada pelo Datafolha, que aponta Nunes com 55% das intenções de voto, enquanto o candidato do PSOL com 33%. A pesquisa também mostrou que o psolista lidera em termos de rejeição, com 58% dos eleitores afirmando que não votariam nele de maneira nenhuma. Em comparação, o emedebista é rejeitado por 37% dos entrevistados. 

Quando questionado sobre quais estratégias vai adotar para reduzir esse alto índice de rejeição, Boulos só disse que "representa a mudança na cidade de São Paulo". "Se você está satisfeito com a saúde como está hoje, acha que é bem atendido em uma UBS [Unidade Básica de Saúde], encontra remédio e médico, você concorda com a propaganda do meu adversário. Se você sabe que a realidade não é assim, você vem com a gente. [...] Se você sabe que São Paulo precisa de mudança, você concorda com a gente. É isso que vai estar em jogo na campanha do segundo turno", declarou.

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Nunes participa de evento de empreendedorismo

Ricardo Nunes visitou a Feira do Empreendedor 2024, organizada pelo Sebrae-SP, nesta sexta-feira. Durante o evento, Nunes mencionou que provavelmente terá um encontro com lideranças políticas na próxima semana, com a participação de Bolsonaro.

"Foi marcado para o dia 22, ele [Bolsonaro] vai estar aí. A princípio, haverá uma reunião com as lideranças do PL, incluindo deputados estaduais, federais e vereadores do partido, para a gente reforçar esses últimos dias de campanha", afirmou Nunes.

Confiante com o cenário eleitoral, o prefeito comentou sobre a pesquisa Datafolha. "Estou bastante otimista, ainda temos muitos dias pela frente, então é óbvio que não há eleição ganha. [Seguiremos com] muita humildade, trabalhando bastante, corpo a corpo, conversando com a sociedade e reforçando nossas propostas. Fiquei impressionado com a rejeição do adversário [Boulos]", disse.

'Ele deve estar aqui na próxima semana', diz Nunes sobre Bolsonaro no 2º turno em SP
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Sobre apoios políticos, o prefeito deixou claro que não quer nenhum tipo de contato com o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que abandonou sua campanha para apoiar Marçal durante a corrida à prefeitura. Rubinho tomou essa decisão após o crescimento de Marçal nas pesquisas. O ex-coach ficou em terceiro lugar no primeiro turno e agora está de fora da disputa. 

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"Eu quero distância do Rubinho Nunes pelo perfil dele, que considero de falta de caráter. O que queremos são os eleitores do Marçal, e as pesquisas têm mostrado que eles estão enxergando que nossa candidatura atende seus anseios", declarou o prefeito.

Nunes ainda voltou a sugerir que os veículos de comunicação façam "pools" para reduzir a quantidade de debates até o segundo turno. Ele acredita que três debates seriam suficientes para conciliar com a agenda de campanha. "Eu espero que possamos ter um debate de nível. Acabei de comentar que o que eu não desejo para uma campanha eleitoral são ataques e mentiras."

Fonte: Redação Terra
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