Pablo Marçal já atuou como coach messiânico que se perdeu com seguidores em uma trilha, administrador de empresas e agora é candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB. Um dos principais símbolos de sua campanha, além dos cortes nas redes sociais, é a carteira de trabalho. No entanto, as empresas do candidato são alvos de processos justamente pela ausência dos contratos registrados.
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Segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo, as empresas em que Marçal consta como sócio ou administrador "sofrem uma série de processos por não registrar a carteira de funcionários e acumulam condenações".
Um dos casos foi parar na campanha do candidato Guilherme Boulos (PSOL). Um trabalhador contratado como gestor de uma fazenda em Porto Feliz (SP), empresa do grupo de Marçal, relatou que, além de não ter carteira assinada, foi expulso do local na noite de 22 de dezembro de 2021, pouco antes do Natal, juntamente com sua esposa e três filhos. Ele mencionou que a família passou a noite na recepção de uma pousada da região.
A Justiça determinou o pagamento de R$ 80 mil em decorrência de irregularidades trabalhistas e também a título de danos morais. A defesa da empresa afirmou que tinha direito de demitir o funcionário.
Outra empresa do grupo de Marçal condenada neste ano foi a Escola Elementare, em Alphaville, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Uma faxineira relatou que cumpria jornada controlada por um salário de cerca de R$ 1.800, mas que ficou parte do período sem carteira assinada.
Ainda segundo o jornal, outro caso seria de um homem contratado, entre março e dezembro de 2023, como porteiro na Marçal Participações e outras empresas do grupo. O homem afirma que trabalhava de domingo a domingo, com apenas duas folgas a cada quinzena, e foi remunerado por meio do CNPJ da irmã, sem qualquer direito trabalhista. O caso ainda não foi julgado.
O Terra entrou em contato com a assessoria de Pablo Marçal em busca de um posicionamento, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.