Justiça eleitoral determina que ‘xará’ de Guilherme Boulos troque identificação nas urnas

De acordo com o entendimento do TSE, a escolha de nome é válida quando “não se estabelece dúvida quanto à identificação

16 set 2024 - 15h37
(atualizado às 15h53)
Candidato a vereador homônimo ao postulante a prefeito tentou mudar nome de urna para ‘Boulos’, mas defesa do candidato do PSOL protestou e pedido foi recusado pelo MP Eleitoral
Candidato a vereador homônimo ao postulante a prefeito tentou mudar nome de urna para ‘Boulos’, mas defesa do candidato do PSOL protestou e pedido foi recusado pelo MP Eleitoral
Foto: Divulgação via Solidariedade / Estadão

A Justiça Eleitoral de São Paulo deu dois dias para que o empresário Guilherme Bardauil Boulos (Solidariedade), candidato a vereador em São Paulo, escolha outro nome para se identificação nas urnas, deixando claro que ele não tem relação com seu xará, Guilherme Castro Boulos (PSOL), que concorre à Prefeitura da capital paulista nas eleições 2024.

O candidato à Câmara dos Vereadores tentou mudar o nome exibido na urna eletrônica no momento dos votos para ‘Boulos’, e fez a solicitação no último dia 10. No mesmo dia, a defesa do candidato do PSOL solicitou a recusa do pedido à Justiça. 

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“A alteração requerida, com a devida licença, não é suficiente para evitar que o eleitor se confunda sobre as pessoas candidatas, causando inegável prejuízo à normalidade e lisura do pleito”, diz a petição da defesa do candidato do PSOL.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entendeu que isso pode causar “confusão” nos eleitores. O órgão negou a alteração e o intimou a escolher um sobrenome que não faça referência ao candidato do PSOL. Ele tem até dois dias para fazer a alteração. 

“Diante da coincidência de nomes e referências que podem trazer confusão ao eleitorado, manifesto-me pelo indeferimento do registro de candidatura. O candidato (Bardauil Boulos) não adequou o nome de forma que a indução seja sanada”, disse o promotor eleitoral Fabiano Petean. 

Já de acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a escolha de nome é válida quando “não se estabelece dúvida quanto à identidade” do candidato.

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Deputado federal e candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) participou de sabatina da Folha e UOL, nesta segunda-feira
Foto: Reprodução/YouTube/Folha de São Paulo

Bardauil Boulos foi procurado pelo Estadão e afirmou que aguarda um parecer dos advogados de seu partido sobre a possibilidade de recurso.

Nome semelhante gerou acusação de Marçal

Desde o início de agosto, o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) tem insinuado em debates na TV, sem provas, que o candidato a prefeito Guilherme Boulos é usuário de cocaína. Devido a essas alegações infundadas, Boulos conseguiu o direito de resposta nas redes de Marçal, que também foi condenado a pagar multa de R$ 30 mil ao político do PSOL.

O processo judicial ao qual o ex-coach relatou ter acesso era contra Guilherme Bardauil. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo a ação de posse de drogas para consumo próprio é de 2001. 

Ao ser questionado pela CNN sobre o caso, Bardauil Boulos afirmou que se tratava de um “ato imprudente” de sua época de faculdade, esclarecendo que a droga em questão era maconha, não cocaína, mas que não foi preso. “Isso é coisa do passado”. **Com informações do Estadão Conteúdo 

Fonte: Redação Terra
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