A Justiça Eleitoral de São Paulo deu dois dias para que o empresário Guilherme Bardauil Boulos (Solidariedade), candidato a vereador em São Paulo, escolha outro nome para se identificação nas urnas, deixando claro que ele não tem relação com seu xará, Guilherme Castro Boulos (PSOL), que concorre à Prefeitura da capital paulista nas eleições 2024.
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O candidato à Câmara dos Vereadores tentou mudar o nome exibido na urna eletrônica no momento dos votos para ‘Boulos’, e fez a solicitação no último dia 10. No mesmo dia, a defesa do candidato do PSOL solicitou a recusa do pedido à Justiça.
“A alteração requerida, com a devida licença, não é suficiente para evitar que o eleitor se confunda sobre as pessoas candidatas, causando inegável prejuízo à normalidade e lisura do pleito”, diz a petição da defesa do candidato do PSOL.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) entendeu que isso pode causar “confusão” nos eleitores. O órgão negou a alteração e o intimou a escolher um sobrenome que não faça referência ao candidato do PSOL. Ele tem até dois dias para fazer a alteração.
“Diante da coincidência de nomes e referências que podem trazer confusão ao eleitorado, manifesto-me pelo indeferimento do registro de candidatura. O candidato (Bardauil Boulos) não adequou o nome de forma que a indução seja sanada”, disse o promotor eleitoral Fabiano Petean.
Já de acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a escolha de nome é válida quando “não se estabelece dúvida quanto à identidade” do candidato.
Bardauil Boulos foi procurado pelo Estadão e afirmou que aguarda um parecer dos advogados de seu partido sobre a possibilidade de recurso.
Nome semelhante gerou acusação de Marçal
Desde o início de agosto, o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) tem insinuado em debates na TV, sem provas, que o candidato a prefeito Guilherme Boulos é usuário de cocaína. Devido a essas alegações infundadas, Boulos conseguiu o direito de resposta nas redes de Marçal, que também foi condenado a pagar multa de R$ 30 mil ao político do PSOL.
O processo judicial ao qual o ex-coach relatou ter acesso era contra Guilherme Bardauil. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo a ação de posse de drogas para consumo próprio é de 2001.
Ao ser questionado pela CNN sobre o caso, Bardauil Boulos afirmou que se tratava de um “ato imprudente” de sua época de faculdade, esclarecendo que a droga em questão era maconha, não cocaína, mas que não foi preso. “Isso é coisa do passado”. **Com informações do Estadão Conteúdo