A disparidade de renda e de qualidade de vida, além de baixa oferta de emprego nas periferias, foram temas explorados pelos candidatos à Prefeitura de São Paulo durante o debate promovido pelo Terra em parceria com o Estadão e a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) nesta quarta-feira, 14. No papel de prefeito da cidade e um dos líderes das preferências do eleitor nas pesquisas, Ricardo Nunes (MDB) recebeu críticas do candidato José Luiz Datena (PSDB) sobre a gestão da cidade.
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"Prefeito Ricardo Nunes essa é uma cidade desigual dentro de um país desigual. Se a economia estivesse andando tão bem em suas mãos, a gente não teria 3 mil garotos morando na rua, entre 62 mil e 80 mil pessoas morando na rua. A gente não teria tanta gente desassistida nas periferias da cidade, se o senhor tivesse feito seu trabalho com sua equipe. São Paulo está mais desigual do que nunca, mais pobre do que nunca e mais abandonada que nunca", disse Datena.
Em resposta às críticas de Datena, Nunes disse que diminuir a desigualdade é um desafio, mas sua gestão tem dado atenção especial para as regiões periféricas da cidade. Ele citou que parte dos R$ 18 bilhões disponíveis para investimentos neste ano será direcionado para essas comunidades. Ele apontou que estão sendo pensadas ações de médio e longo prazo para incentivar moradias nos eixos.
"O nosso grande desafio é diminuir as desigualdades sociais na nossa cidade. Tanto é que pela primeira vez na história colocamos no nosso PPA [Plano Plurianua] que parte dos nossos investimentos devem ser direcionados para as regiões de maior vulnerabilidade. Esse ano teremos R$ 18 bi de investimentos com um atendimento muito especial, principalmente, nas regiões periféricas", disse Nunes. "Tem prefeito que ganha eleição e vai pra periferia. Eu não vou, eu volto. É de lá que eu vim".
Incentivos fiscais
Tanto Nunes quanto Datena disseram que um dos caminhos para diminuir o desemprego e a desigualdade na cidade é atrair empresas para as periferias. Nunes não mostrou o caminho para atrair essas empresa. Já Datena propôs isenção fiscal para essas organizações.
"O nosso objetivo é transformar a periferia em um centro atrativo para empresas. É trazer empresas com incentivos fiscais, como isenção de IPTU para construção de empresas em áreas pequenas", diz Datena.
Além da isenção de impostos, Datena defendeu que as empresas sejam obrigadas a contratar 20% de mão de obra local.