Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo, fez o seu primeiro discurso após a derrota pelo comando da capital paulista, na noite deste domingo, 6. O candidato do PRTB falou sobre um possível apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), no segundo turno e destacou que pretende disputar as eleições de 2026, na corrida pelo governo do Estado ou pela Presidência do Brasil.
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"Vocês não vão me ver disputando a Prefeitura de São Paulo mais nenhuma vez na vida. Vocês não vão me ver disputando o legislativo. Então, só tem dois caminhos: o governo do Estado ou a Presidência do Brasil", disse Marçal, que ficou atrás de Nunes e de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições municipais de 2024.
Marçal ainda refletiu sobre o "aprendizado" durante a campanha eleitoral. "Foi um aprendizado absurdo. Com certeza, numa próxima eleição, eu vou ter um comportamento completamente diferente".
O ex-coach agradeceu aos eleitores, pediu para que eles "não baixem a cabeça", pois o resultado de sua primeira campanha eleitoral foi "extraordinário". "A gente entrou com 5% das intenções de voto e hoje a gente completou um resultado espetacular de 28,14% com 99% das urnas apuradas. Terminamos a eleição com praticamente um terço do maior colégio eleitoral do Brasil", refletiu.
"Ninguém chegou tão longe, é uma campanha sem dinheiro público, sem padrinho político, sem tempo de TV e sem máquina municipal", acrescentou.
Apoio a Nunes
Marçal condicionou o possível apoio a Ricardo Nunes no segundo turno à inclusão de algumas das suas propostas na campanha do candidato do MDB. "Vai depender do que ele falar sobre as propostas. Ele pegou muito pesado com a minha pessoa, foi muito injusto comigo [...] Tomara que o Ricardo leve em consideração algumas das nossas propostas, porque afinal de contas o eleitorado ele é exatamente o tamanho do meu eleitorado aqui em São Paulo, então, espero que ele leve em consideração", explicou.
Laudo falso contra Boulos
Sobre o laudo comprovadamente publicado por Marçal contra Guilherme Boulos, que associava falsamente o candidato do PSOL ao uso de drogas, o ex-coach 'minimizou' a situação e voltou a dizer que não sabia que o documento era falso.
"Eu jamais postaria sabendo que é um laudo falso. Vou dar os parabéns aqui pra a Polícia Civil. E quero pedir o mesmo empenho para prender o Datena [candidato do PSDB] por tentativa de homicídio. É dois pesos, duas medidas na política", disse Marçal, citando o episódio da 'cadeirada' no debate da TV Cultura.
Por fim, Marçal afirmou que gostaria de pedir perdão para todos" que ele decepcionou. "Tive que fazer coisas absurdas para chamar a atenção das pessoas", concluiu.