O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou durante o quarto bloco do debate promovido pela TV Gazeta e pelo MyNews neste domingo, 1º, que o candidato do PSDB, José Luiz Datena, ligou para ele e citou que "não quer ser prefeito" da capital paulista.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
"Aproveito o meu tempo para esclarecer uma injustiça que aconteceu no último [3º] bloco. Não quebrei nenhuma regra. O ditador [Datena] saiu da bancada dele, veio até aqui, porque ele é candidato de TP [teleprompter]. Ele veio aqui querendo me agredir e nós fomos para o intervalo", disse.
"Datena, dá pena ver sua participação aqui. Ele podia confirmar que me ligou depois do debate da Band e falou as seguintes palavras: 'Eu não quero ser prefeito, estou cagando para isso'", acrescentou Marçal.
O que aconteceu
No terceiro bloco, Datena acusou Marçal de ligar para combinar ataques um dia antes do primeiro debate do pleito, realizado pela Band no dia 8 de agosto.
"Esse sujeito me ligou, um dia antes do debate da Band, para tentar armar comigo eu atacando o [Ricardo] Nunes [atual prefeito e que tenta a reeleição pelo MDB] e ele atacando o [Guilherme] Boulos [candidato do PSOL]".
Datena disse que comunicou Marçal que aquela prática não seria ética. "Você não pode ligar um dia antes pedindo para atacar um dos candidatos", teria respondido na ligação.
O candidato do PSDB passou a ofender Marçal e desafiá-lo. "[Naquela época] eu não sabia que você era um vagabundo sem vergonha, um ladrão condenado, senão eu nem tinha atendido a primeira ou segunda ligação sua."
"E quero ver se você tem coragem de dizer se fez isso mesmo ou não, já que é um mentiroso contumaz, mente e engana as pessoas na internet, além de ser um risco para a democracia", finalizou.
Na sequência, Datena chegou a deixar o seu lugar para confrontar Pablo Marçal. A mediadora precisou ameaçar chamar a segurança para evitar que a briga escalonasse mais rápido.