O prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) afirmou neste sábado, 19, que irá comparecer ao debate promovido pela Record e pelo Estadão, que acontece às 21h. O gestor faltou os últimos três debates contra seu adversário Guilherme Boulos (PSOL).
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Em justificativa, ele disse que sua ausência se deu por conta de reuniões com a Enel para solucionar a falta de energia elétrica em milhares de imóveis na capital.
"Era muito importante para o prefeito que tivesse essa reunião para poder falar o que aconteceu desde sexta-feira e do evento que estava previsto para ontem e hoje com o alerta da defesa cívica. Por isso, não tinha como estar no debate que aconteceu no último e esse de hoje eu estarei porque a situação está tranquila. O que eu estou vendo aqui agora, tranquila, não deve ter nada de anormal até o momento do debate, acho que é nove horas da noite", disse a jornalistas.
A oito dias do segundo turno das eleições municipais, o atual gestor da capital paulista cumpriu apenas uma agenda neste sábado, 19, no Santuário Santa Mãe de Deus, na Zona Sul de São Paulo. Ele assistiu à missa conduzida pelo Padre Marcelo Rossi e pelo Bispo Dom José ao lado de Gilberto Kassab, presidente do PSD, e do vereador Rodrigo Goulart.
Em conversa com jornalistas após o fim da cerimônia, o prefeito disse que pediu “bastante para São Pedro para ter menos chuva e menos rajadas de vento”.
"A expectativa primeira é que a cidade não tenha rajada de vento, não tendo chuva e eu possa participar. Estarei lá", afirmou.
Em dado momento da missa, o bispo Dom José agradeceu a presença do prefeito na cerimônia e o apresentou aos fiéis presentes.
Repercussão entre fiéis
Patrícia Raposo, de 52 anos, já frequenta o santuário há algum tempo. Questionada pelo Terra sobre a presença do gestor, ela diz que considera o gesto “piegas”.
Sua amiga, Eulalia Gomes, de 53 anos, concorda. “Não votaria nele, porque ele pode estar aqui e em outra igreja. Mas acho que ele estar aqui influencia sim na votação de outras pessoas”.
Já a fiel Márcia Moreira, de 54 anos, acredita que a presença de Nunes na missa significa que ele seja uma “pessoa de bem” e que “busca a religião”. Seu marido, José Messias, de 71 anos, afirma que aproveitou a presença do prefeito para agradecê-lo. “Ele deu apoio e levou a prefeitura para a região de Veleiros. O padre se virava sozinho e ele tornou a escola muito boa, com condução, uniforme e alimentação”.
Boulos "ditador"
Ainda em conversa com jornalistas, Nunes chamou o psolista Guilherme Boulos de "ditador", após o candidato pedir na Justiça a não divulgação de uma pesquisa Datafolha, acusando o instituto de "falta de transparência". Para o atual prefeito, a atitude de Boulos foi antidemocrática.
"Tem um traço ali de ditador, querer fazer censura sobre divulgação de uma pesquisa da imprensa. Eu só tenho que lamentar", concluiu.