Em uma entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, o ex-governador e candidato ao Senado por São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu as críticas feitas ao partido tucano sobre ser uma oposição fraca. Para ele, o PSDB não assume uma posição de “quanto pior, melhor” e que não há uma vocação para “colocar incêndio no país”.
Serra acredita que o PSDB possa fazer uma oposição eficaz, assim como aconteceu no governo de Fernando Collor, época em que ele liderava o partido na Câmara.
O ex-governador, que lidera nas pesquisas de intenção de voto para senador, afirmou que, caso fosse eleito, cumpriria o cargo até o final, assim como cumpriu “no passado”.
Serra se recusou a comentar sobre a possibilidade de um apoio à candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, que já afirmou que o tucano seria um político com o qual ela gostaria de governar. “A campanha não está decidida. Estou concentrado no apoio a Aécio Neves e confio que ele pode chegar ao segundo turno. Não vou entrar em nenhuma discussão em que o efeito prático seria depreciar meu candidato”, disse.
Projetos
O tucano também falou sobre alguns projetos. O candidato afirmou, mais uma vez, que é contra a legalização das drogas como forma de combater o tráfico. Para ele, o problema poderia ser mais bem resolvido com a interrupção de todo tipo de cooperação com os países que favorecem o contrabando, além de planejar uma campanha educacional contra o consumo de drogas, “assim como fizemos com o cigarro em São Paulo”, destacou.
Sobre e redução da maioridade, defendida pelo candidato do PSBD à Presidência da República, Aécio Neves, Serra disse que poderia “levar anos” e que, por isso, defende o aumento da pena de menores para dez anos em casos de crimes hediondos, o que, segundo ele, poderia ser um “caminho melhor e mais efetivo”.
