A campanha do candidato à prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, está enfrentando desafios devido ao crescimento na intenção de votos do candidato Pablo Marçal e divergências internas na organização da campanha.
A campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em São Paulo, tenta recalcular a rota após novas pesquisas eleitorais mostrarem que o também candidato Pablo Marçal (PRTB) está crescendo na intenção de votos. Tanto Nunes quanto Marçal disputam os votos do eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está apoiando publicamente a candidatura de Ricardo Nunes ao pleito. Contudo, há divergências dentro da organização sobre a mudança de direção da campanha.
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De acordo a jornalista Bela Megale, de O Globo, o grupo não pretende incluir lideranças ligadas a Bolsonaro na campanha. Segundo informações, bolsonaristas são chamados apenas para resolver crises e devem permanecer escondidos dentro do grupo, incluindo o indicado do ex-presidente para compor a chapa como vice, coronel Mello Araújo (PL).
Tal como a pesquisa Datafolha mostrou recentemente, Marçal saltou de 7% para 14% em intenções de votos, enquanto Ricardo Nunes oscilou de 24% para 23%. A campanha de Nunes conta, ainda, com a ajuda do marketeiro Duda Lima, o mesmo responsável pela campanha de Bolsonaro em 2022.
Aliado a isso, existe uma pressão para que o atual prefeito defenda um discurso "mais conservador" e mais "viral" nas redes sociais, o que incluiria ataques aos seus adversários, por exemplo.
Outro problema está relacionado ao vídeo que Nunes gravou pedindo votos para Joice Hasselmann, que não é bem quista pelo ex-presidente e seus aliados. Além disso, o atual gestor de São Paulo também participou de um evento promovido pelo vereador Adilson Amadeu, que foi condenado por ofender judeus.
Bolsonaristas também não concordam com a ausência de Nunes em debates eleitorais. É possível que o atual prefeito compareça apenas a debates mais próximos às eleições municipais. O fato do deputado federal Eduardo Bolsonaro não ser chamado para discutir estratégias da campanha de Nunes é outro fator que tem gerado incômodo.