Skaf promete modelo de educação 'para dez anos'

Durante agenda na maior unidade do Sesi, na zona oeste de SP, candidato ao governo de SP pelo PMDB disse que ensino integral em todo o ensino fundamental é "política de Estado, não de um mandato"

11 ago 2014 - 19h06
(atualizado às 19h34)
Candidato do PMDB visitou o Sesi nesta segunda-feira
Candidato do PMDB visitou o Sesi nesta segunda-feira
Foto: Alan Morici / Terra

O candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, prometeu nesta segunda-feira, durante agenda de campanha na capital paulista, adotar o modelo das escolas e centros de atividade das unidades do Sesi/Senai na rede estadual de educação.

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No sistema Sesi/Senai, ligado à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da qual Skaf está licenciado, o ensino integral norteia as ações do ensino fundamental, enquanto, no médio, há a articulação com ensino técnico.

Em visita à unidade do Sesi na Vila Leopoldina, zona oeste da cidade, Skaf afirmou que a proposta de implantação de ensino integral em todas as nove séries do ensino fundamental, abraçada pela campanha, é uma ação, na realidade, “para dez anos”.

“No sistema Sesi não fiz isso da noite para o dia; fizemos para dez anos, e agora é que estamos terminando, no oitavo ano. Tudo se complementa. Da mesma forma é para o Estado: é um programa (de educação em tempo integral para o ensino fundamental) de dez anos, a partir de 2015, de modo que em 2016 todas as escolas já terão condições para implementar o ensino integral no primeiro ano do fundamental, e, assim sucessivamente todos os anos”, afirmou, para completar: “O projeto de educação de qualidade não está limitado a um mandato; é um projeto de governo, de Estado, e, se amanhã termina o mandato, as coisas seguem”.

Segundo o candidato, a proposta contemplaria 360 mil alunos do ensino fundamental em todo o Estado. “Nos últimos quatro anos, das 4.300 escolas da rede estadual, 1,5% tem ensino em tempo integral – o governo fez muito pouco”, alfinetou. De forma gradativa, defendeu, ao todo, em quatro anos, 2,2 milhões de alunos seriam incluídos em ensino integral no ensino fundamental.

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Questionado se há orçamento disponível nos cofres paulistas para esse tipo de ação, o peemedebista ironizou: “Orçamento grande é de lá (no governo), muito maior que o das entidades da indústria." Em seguida, declarou que, se os R$ 30 bilhões destinados ao ensino fundamental para 2015 não forem suficientes, “se for necessário aumentar, temos na ponta do lápis o orçamento para isso."

Indagado sobre a intenção do candidato a deputado federal Paulo Maluf (PP) de lançar santinho de campanha com a própria foto entre a da presidente Dilma Rousseff (PT) e a de Skaf – candidatos que Maluf apoia –, Skaf respondeu secamente: “é agradecer se ele está apoiando. Ótimo."

Já sobre a presença maciça de Dilma no palanque de Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo – a presidente esteve em são Paulo e Grande São Paulo quatro vezes só semana passada –, o peemedebista desconversou se a figura da petista faz falta a sua campanha.

“Repito: o PT, assim como o PSDB, são nossos adversários, e nossa campanha é estadualizada. O PT tem o candidato que é nosso  adversário, assim como o candidato do PSDB (Geraldo Alckmin)”, encerrou.

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Na sede do Sesi Vila Leopoldina, a maior do sistema, o candidato posou ao lado de alunos –alguns, abaixo da idade mínima para votar, 16 anos –, passou pelo centro de reabilitação de atletas e fez fotos com jogadores do time profissional adulto de vôlei patrocinado pelo Sesi.

Um cinegrafista que caiu de mal jeito durante o trajeto foi aconselhado por Skaf a procurar o centro de reabilitação.

Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

Fonte: Terra
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