SP: Suplicy leva Padilha nos ombros em campanha

Ex-ministro da Saúde aparece com 5% das intençõse de voto, em terceiro lugar na disputa pelo governo de São Paulo

30 jul 2014 - 20h35
(atualizado às 21h42)
Suplicy, 73 anos, colocou Padilha nos ombros e caminhou com ele no meio da multidão
Suplicy, 73 anos, colocou Padilha nos ombros e caminhou com ele no meio da multidão
Foto: Paulo Pinto / Analítica / Divulgação

O candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, esteve nesta quarta-feira na cidade de Carapicuíba, ao lado do senador candidato à reeleição Eduardo Suplicy e de prefeitos e vereadores da região. Durante o ato, Suplicy, 73 anos, colocou Padilha nos ombros e caminhou com ele no meio da multidão.

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O ex-ministro da Saúde também comentou o resultado de mais uma pesquisa Ibope, divulgada hoje. O petista aparece apenas em terceiro lugar, com 5% das intenções de voto dos paulistas, atrás de Geraldo Alckmin (PSDB), com 50%, e Paulo Skaf (PMDB), com 11%. De acordo com Padilha, os números mostram apenas uma “fotografia” da realidade. O candidato pediu para que “não desdenhem a força do PT”.

“É uma fotografia do momento. A cada semana, a cada mês, vamos ter fotografias. A pesquisa que vale é o ‘Datapovo’ de outubro no dia da eleição. A pesquisa começou na rua agora, estamos fazendo aquilo que só nós temos capacidade. Mostrar o nome, minhas propostas, ideias. Temos a etapa até 19 de agosto, até começar a TV, com agenda de campanha concentrada nas grandes cidades. Depois começa TV, mostrando propostas”, disse Padilha. “Estamos tranquilos, sem desdenhar, sem arrogância. Não admito que se desdenhe o PT. Não subestimem o PT porque a resposta vamos dar em outubro. É um recado pra quem quer ouvir e está desdenhando. Não subestimem o ‘Padilhinha’."

Durante seu discurso em cima de um carro de som na avenida Rui Barbosa, famoso centro comercial de Carapicuíba, Padilha fez questão de cutucar os adversários do PSDB e atacou Robson Marinho, investigado por supostas ligações com o esquema de corrupção envolvendo o Metrô e a CPTM de São Paulo.

“Eles (PSDB) não têm moral, de estar envolvido até a testa com um escândalo de corrupção, de roubo no Metrô e trens da CPTM. Isso mostra a diferença entre o PT e o PSDB. Nós criamos formas de apurar e punir quem comete malfeito. O PSDB dá prêmio, porque esse sujeito chamado Robson Marinho, que devia estar sendo punido, julgado, hoje foi indicado pelo PSDB para ir para o Tribunal de Contas do Estado. Esse personagem não se afasta. Esse é o PSDB, que durante 20 anos botou a corrupção para debaixo do tapete. Nós vamos governar o Estado para tirar o tapete do Palácio (dos Bandeirantes). Conosco não tem isso. Roubou vai ser punido, investigado, como fizemos no governo federal”, lembrou Padilha, citando o escândalo do Mensalão.

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Questionado se adotaria esse “tom” à campanha a partir de agora, Padilha disse que é apenas uma forma de demonstrar a diferença entre os partidos.

“É só uma demonstração da diferença de como o PT enfrenta irregularidades e como o PSDB coloca pra debaixo do tapete. Colocou um conselheiro acusado, com evidências, ligações claras que recebeu dinheiro de propina. Até agora essa pessoa não foi afastada e o governador está quieto, não se posiciona, ou seja, o PSDB não só coloca a sujeira pra debaixo do tapete como coloca a raposa pra cuidar do galinheiro. Botou alguém acusado de propina pra cuidar do Tribunal de Contas”, completou.

Amanhã, Padilha deverá comparecer a um evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos, onde a presidente Dilma Rousseff também estará presente.

Fonte: Terra
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