Simone Tebet elege Bolsonaro: 'Pior presidente do Brasil'

Ao jornal português, pré-candidata pelo MDB disse que 'ninguém imaginava' que atual presidente poderia 'namorar com o autoritarismo'

29 dez 2021 - 09h26
(atualizado às 10h11)

A senadora e pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, defendeu que Jair Bolsonaro é o 'pior presidente da história do Brasil'. "Ninguém imaginava que ele poderia namorar com o autoritarismo ou ameaçar as instituições democráticas e tentar mudar todo o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias", disse em entrevista ao jornal português Diário de Notícias publicada neste sábado, 25.

A senadora Simone Tebet fez críticas severas a Bolsonaro
A senadora Simone Tebet fez críticas severas a Bolsonaro
Foto: Estadão

Em mais um recado a Bolsonaro, ela também disse que investidores estrangeiros e nacionais precisam acreditar que o presidente "tem respeito às instituições democráticas, não ameaça a democracia"

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Sem aparecer com projeção eleitoral nas pesquisas, a senadora chega ao posto de pré-candidata tentando se desvencilhar da imagem de ser uma boa vice.

Em defesa ao próprio nome como cabeça de chapa, Tebet disse que "não há negociação para ser vice na lista de quem quer que seja". A senadora, porém, se mostrou simpática a um arranjo entre os candidatos que ocupam a chamada "terceira via".

"Estamos num momento da pré-campanha em que ainda temos uma avenida larga para a terceira via", disse. "Lá por março ou abril conversaremos para definir um amplo acordo democrático que viabilize a terceira via na segunda volta."

Tebet se coloca à disposição para a corrida eleitoral de 2022 após ter atuação destacada na CPI da Covid, mas a senadora reforça que sua participação na ocasião abrange "algumas páginas" de sua história política e que não essa foi a única motivação para ter seu nome lançado à Presidência. "Já faz um ano que o MDB me sonda, por toda a minha trajetória, e não apenas pela minha atuação nessa CPI", pontuou na entrevista.

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"Eu fui presidente da comissão mais importante do Congresso Nacional, que é a Comissão de Constituição e Justiça, e fui líder da maior bancada no Senado. Hoje sou a primeira líder da bancada feminina no Senado", defendeu.

Já com discurso para 2022, Tebet elencou a fome, a desigualdade social e a geração de emprego como prioridades em um possível governo.

Simone Tebet ocupa cargos políticos desde 2002. Antes de assumir cadeira na casa legislativa em Brasília, foi deputada estadual, prefeita e vice-governadora em seu Estado, o Mato Grosso do Sul.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast neste mês, a senadora não poupo críticas a outros pré-candidatos. Sobre Lula, disse que o MDB "não vai esquecer o que o PT fez no verão passado" e minimizou o nome do ex-juiz Sérgio Moro como um potencial candidato: "O Brasil não tem mais tempo para aventuras, para arriscar, e não pode mais entrar nessa onda de experimentação", disse.

Embora nunca tenha se denominado uma feminista, a senadora defende ativamente a participação das parlamentares mulheres na política. Em 2016, votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff.

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