Simone Tebet refuta voto útil e diz que vitória em 1º turno pode gerar contestação de adversários

Quarta colocada nas pesquisas, senadora reage à ofensiva de Lula para atrair seus eleitores

13 set 2022 - 12h57
(atualizado às 13h13)
Simone Tebet visita Feira de Santana
Simone Tebet visita Feira de Santana
Foto: Divulgação / Estadão

A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, rejeitou nesta terça-feira, 13, a tese do voto útil e disse que uma eleição encerrada em primeiro turno pode gerar contestação do resultado por parte de adversários.

"Essa é uma eleição de dois turnos, não é uma eleição de um turno só. Então a gente tem que saber que não é uma corrida de cem metros. Agora é a hora de o eleitor escolher aquele que, de acordo com sua consciência, é o melhor para o Brasil", defendeu a emedebista em entrevista na manhã desta terça-feira, 13, durante agenda de campanha em Salvador (BA).

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A candidata avaliou que uma eleição de dois turnos seria benéfica para o país porque inviabilizaria questionamentos sobre a segurança das urnas, diante de um cenário em que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) tem feito ataques ao sistema de votação.

"Um primeiro turno, se acontecesse de ganhar no primeiro turno, a diferença seria tão pequena que a gente teria que enfrentar quatro anos de discussão de resultado de urna, se as urnas são seguras ou não, de contestação. Então temos que ir para o segundo turno e, no segundo turno, qualquer um que vá, a diferença tende a ser confortável, que dê tranquilidade para o eleitor dizer o seguinte: 'as urnas são seguras e o resultado das urnas será respeitado'", argumentou.

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Tebet ainda alertou que vencer em primeiro turno pode significar "ganhar e não levar". "Tenta-se ganhar no primeiro turno e não leva, não governa. Estenderíamos, levaríamos essa coisa do ódio, do nós contra eles, até 31 de dezembro de 2026. Essa polarização não termina em 2 de outubro", declarou.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende iniciar uma ofensiva nos próximos dias para atrair eleitores de Tebet e Ciro Gomes (PDT), em uma estratégia para tentar vencer o pleito em primeiro turno. Os petistas querem consolidar a ideia de que Lula é o único candidato com chances reais de vitória contra Bolsonaro e que liquidar a fatura mais cedo evitaria o acirramento do clima de divisão e violência política no segundo turno.

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Pesquisa Ipec divulgada na segunda-feira, 12, mostra que o ex-presidente tem 51% dos votos válidos e mantém as chances de vencer em primeiro turno. O levantamento mostrou também que 80% dos brasileiros decidiram em quem votar, mas 52% dos eleitores de Ciro e mais de 60% dos de Tebet ainda podem mudar de opção. Lula mira nesse eleitorado para consolidar a vitória já no dia 2 de outubro.

Ao anunciar o apoio da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) na segunda-feira, o petista admitiu que pretende tirar votos de Tebet, Ciro e de Bolsonaro. A emedebista disse ver a ofensiva como parte da democracia, mas disse que o "desespero das pessoas não pode ser usado para campanha partidária ou ideológica".

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