Simone Tebet sinaliza apoio a Lula caso não chegue ao 2º turno

Senadora disse que estará no 'palanque da democracia', mas acredita na possibilidade de crescer nas pesquisas e romper a polarização entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro

21 jun 2022 - 10h47
(atualizado às 10h58)
Simone Tebet (MDB- MS), pré candidata do partido à presidência da República
Simone Tebet (MDB- MS), pré candidata do partido à presidência da República
Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

A pré-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) afirmou que, caso a sua candidatura não chegue ao segundo turno das eleições, escolherá estar no "palanque que defende a democracia", indicando que pode apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Planalto.

"Eu não estarei assistindo na sala, na frente de uma TV. Eu estarei em um palanque eleitoral defendendo a democracia e defendendo as propostas de país que possam efetivamente tirar o país dessa vergonhosa estatística de ser um dos países mais desiguais do mundo", disse a senadora nesta segunda-feira, 20, em sabatina promovida pelo portal G1.

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A sinalização do eventual apoio a Lula fica clara diante do histórico de posicionamentos da senadora, que ganhou destaque nacional atuando na CPI da Covid. Ela já disse que o presidente Jair Bolsonaro "namora com o autoritarismo" e, em entrevista ao Estadão em dezembro de 2021, quando questionada sobre suas opiniões sobre o petista e o atual presidente, a parlamentar afirmou que "a única coisa diferente é que um é democrata e o outro, não".

A senadora Simone Tebet (MDB) já afirmou ao Estadão que a diferença entre Lula e Bolsonaro é que "um é democrata e o outro, não". Foto: Adriano Machado/Reuters

Contudo, Tebet afirmou que acredita na possibilidade de crescer nas pesquisas até outubro e chegar ao segundo turno. Em sua participação no podcast 'Estadão Notícias' desta segunda-feira, ela falou sobre seu plano para conquistar o eleitorado.

Ciente do desafio de tornar seu nome competitivo, a emedebista pretende abrir canais de diálogo com os demais nomes do centro político e vê espaço para uma aproximação com Ciro Gomes. "Não quero palanque exclusivo. Quero espaço de fala", afirmou ao Estadão. "Essa é uma eleição de dois rejeitados e que tem uma franja muito grande de eleitores que buscam alternativa."

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Ao G1, a senadora reiterou que o projeto eleitoral da terceira via, que é representado pelo seu nome e vem da união do MDB, PSDB e Cidadania, tem o intuito de "pacificar" o País diante da polarização Lula-Bolsonaro.

"Essa polarização política não só está fazendo mal para o Brasil, mas está levando o País para o abismo", declarou. "Nós temos condições de nos apresentar ao Brasil como a única alternativa capaz de pacificar o Brasil", completou.

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