Sindicalista ameaça agredir repórter em evento com Aécio

Reunião do tucano com centrais sindicais termina em confusão e com ameaça de agressão à reportagem do Terra: "Só não meto a mão na sua cara porque você é mulher"; Força vai investigar

20 ago 2014 - 19h10
(atualizado às 20h02)
Candidato do PSDB discursou ao lado de sindicalistas
Candidato do PSDB discursou ao lado de sindicalistas
Foto: Marcos Fernandes / Divulgação

Promessas de garantias de direitos trabalhistas, tumulto e ameaças de agressão física a uma jornalista marcaram nesta quarta-feira a reunião de centrais sindicais com o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, em São Paulo.

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Aécio se reuniu na Casa de Portugal, na Liberdade (região central de São Paulo), com representantes da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores –as mesmas que, dias atrás, já tiveram representantes manifestando apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT), também em São Paulo, no Ginásio da Portuguesa (zona norte).

Na saída, tumultuada, seguranças do evento tentaram conter o fluxo, de um lado, enquanto Aécio saía, de outro, sem falar com a imprensa.

Após uma série de empurrões, um homem aparentando entre 50 e 55 anos, irritado, chamou a reportagem do Terra de “jornalistinha de m...”, se disse “sindicalista, secretário da Força Sindical na Paraíba” e, ao ter o nome indagado, se negou a fornecê-lo. O sindicalista se aproximou e ameaçou: “Vá se f... Eu sou paraibano, só não meto a mão na sua cara porque você é mulher”, afirmou à reportagem, exaltado.

Procurado, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse desconhecer o caso, mas prometeu apurar quem é o dirigente e tomar providências.

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“Somos totalmente contra esse tipo de atitude; vamos ver quem foi e tomar providências, com toda certeza. Sei que não resolve, mas pedimos desculpas”, declarou.

Reunião com centrais sindicais acabou em confusão
Foto: Marcos Fernandes / Divulgação
Aécio rebate declarações de Dilma a centrais

No evento, Aécio rebateu declarações feitas por Dilma e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião com as centrais, no dia 7. Eles haviam sugerido que os tucanos seriam adeptos de “medidas impopulares” como o fim da politica de valorização do salário mínimo, que é lei desde 2011.

A renovação da política de valorização do salário mínimo e pontos como fim do fator previdenciário e a valorização do Ministério do Trabalho e Emprego constaram de uma pauta trabalhista entregue pelas centrais a Aécio.

“Quero reafirmar que, no meu governo, garantiremos a correção da tabela do Imposto de Renda, um direito legítimo da classe trabalhadora”, afirmou o tucano, que criticou: “A senhora presidente da República falta com a verdade ao dizer que, com a nossa vitória, não haverá política de reajuste real do salário mínimo. Vamos fazer o Brasil crescer para que esse reajuste seja minimamente digno”, declarou.

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Fonte: Terra
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