Skaf pede adesivaço em carros e chama Alckmin de 'invisível'

Em encontro com mulheres da coligação, candidato ao governo de SP pediu renovação, mas tentou dissociar-se do PMDB, partido pelo qual disputa e que apoia a presidente Dilma à reeleição

19 ago 2014 - 17h55
(atualizado às 18h20)
<p>Skaf esteve em um comitê no Itaim Bibi</p>
Skaf esteve em um comitê no Itaim Bibi
Foto: Terra

Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, mas, até agora, sem chance de ir para o segundo turno, o candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, aproveitou uma agenda de campanha com mulheres de sua coligação para pedir apoio em adesivaço de carros. Skaf afirmou que é desconhecido “de 60% do eleitorado” e pediu que a equipe “trabalhe para a gente assumir o Palácio (dos Bandeirantes) e ter renovação na Câmara, no Senado, na Assembleia”.

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O encontro reuniu pouco mais de 100 participantes em um comitê do candidato no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo. O evento foi apresentado pela ex-vice-prefeita Alda Marcantônio, suplente do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) na disputa atual, ao Senado.

“Para isso (para conquistar o governo, e os candidatos, renovarem as casas legislativas), quero poder contar com todas. É assim: comecem hoje, não saiam daqui sem material, ponham adesivo em carros, é tão bom! Põe o adesivo, e o carro fica circulando”, disse Skaf, que ainda calculou: “Se cada uma adesivar 50 carros, com 100 pessoas, são 5 mil carros. Cinco mil adesivando mil (carros), são 50 mil (veículos)”, concluiu.

O peemedebista ainda sugeriu que minidoors fossem levados, “porque podem ser fixados em terrenos e residências”, mas reforçou que o boca a boca não seja deixado de lado em associações e bairros.

Outra aposta de Skaf para tentar o avanço ao segundo turno são os 5 minutos e 52 segundos que sua coligação terá no horário eleitoral, maior tempo entre seus adversários. “Isso é bom porque conhecido por 40% das pessoas, mas muitas não sabem que sou candidato. Em São Paulo há uma resistência ao PT, aí o sujeito vota no atual governador (Geraldo Alckmin, do PSDB) não por escolha, mas por eliminação”, considerou.

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Alckmin, por sinal, foi chamado por Skaf de “governador invisível” ao se referir à gestão das polícias do Estado e às políticas de transporte metropolitano. “Um governador não pode ser invisível, tem que comandar as polícias”, afirmou, para completar: “No metrô é um desrespeito, é tanta gente que você não comanda o seu corpo – vira tudo uma onda. Como isso (o problema do transporte) não cola nele? Ele é invisível, trata com frieza esse assunto”, criticou.

'Governador serei eu, não partido'

A reportagem quis saber do candidato de que maneira que, sendo de um partido coligado no plano nacional à presidente Dilma Rousseff (PT) –e a nomes com história na política, como o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o ex, José Sarney (AP) --, ele pretende se colocar como “novidade” ao eleitor paulista.

“O governador serei eu, é pessoal, você não coloca no governo, no posto de chefe do Executivo estadual o partido, mas pessoa que faz parte dele. O candidato a governador sou eu, e sou, sim, novo na politica”, disse.

A agenda previa que Skaf ouvisse as lideranças femininas que o receberam, mas uma entrevista marcada para as 19h na zona sul fez o candidato dar o recado do adesivaço, pedir desculpas e sair –após uma breve entrevista coletiva. “É um ciclo de sabatinas no SPTV, é horário nobre, uma audiência tremenda. Teve dias que até bateu (a audiência do)Jornal Nacional”, justificou.

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Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

Fonte: Terra
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