SP: Padilha diz que 'único adversário é o atual governador'

15 jul 2014 - 15h44
(atualizado às 19h50)

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira que seu único adversário na disputa é o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição. As declarações foram dadas após evento com empresários no qual o ex-ministro da Saúde fez críticas à gestão tucana para o transporte público, por exemplo.

“A cidade de São Paulo não pode mais viver com 76 quilômetros de metrô”, disse. “Metrô tem que ser metropolitano e chegar até Guarulhos, Taboão da Serra”, continuou o candidato, que ainda propôs um modelo de Bilhete Único integrado para passageiros da Grande São Paulo.

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Padilha também disse que aposta no modelo de concessões para impulsionar o desenvolvimento do Estado. “É o mesmo modelo de concessão que o governo federal adotou recentemente com os aeroportos, por exemplo. Queremos fazer aqui para destravar a expansão do metrô”, disse Padilha durante seminário organizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais.

Ainda sobre transportes, o petista afirmou que pretende investir na construção de hidrovias. “São Paulo, um gigante como esse, não pode continuar circulando sua carga apenas por rodovias.”

Após o seminário, em entrevista aos jornalistas, Padilha voltou a criticar o governo de Alckmin, dessa vez devido à crise de abastecimento de água pela qual passa o Estado. “Nós faremos em quatro anos as obras que em dez anos não foram feitas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). São obras que aumentarão a oferta de água, para reduzir a dependência do sistema Cantareira”, disse. “Faltou planejamento”, completou.

Questionado sobre a baixa aprovação que enfrenta o governo de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo, Padilha disse acreditar que sua campanha não será prejudicada. Pesquisa Datafolha divulgada em junho mostra Padilha com 3% das intenções de voto, atrás de Alckmin, que tem 44%, e Paulo Skaf (PMDB), que aparece com 21%.

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“Não existe nenhum tipo de relação. Como paulistano, o que eu mais espero do prefeito Haddad é que ele enfrente os desafios que São Paulo tem”, disse. “Quatro anos é necessário para que ele faça o que tem que ser feito.

Luiz Moura

Padilha minimizou o apoio declarado pelo deputado estadual petista Luiz Moura, que foi afastado do partido após suspeitas de que teria ligação com membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Isso está absolutamente superado. O PT foi rápido e firme em ser implacável com qualquer irregularidade”, disse Padilha, sem comentar, no entanto, se estaria incomodado com o apoio.

Além do afastamento do partido, a suposta ligação com o PCC fez com que Moura tivesse seus direitos políticos suspensos pela Justiça Eleitoral, o que o deixou de fora da convenção estadual do PT que definiu os candidatos nas eleições. O deputado, contudo, recorreu à Justiça para poder concorrer e agora aguarda decisão.

Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

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Fonte: Terra
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