As manifestações deste ano para o dia 7 de setembro, data de celebração da Independência do Brasil, terá atos espalhados por todo o País e deverão contar com a presença de simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL), já que o chefe do Executivo convocou seus apoiadores para irem às ruas durante o lançamento de sua candidatura à reeleição.
Entre os detalhes organizados para a ocasião, tem pastor prometendo ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), a organização de uma marcha de tratores de ruralistas e ato de um dos empresários alvo da operação da Polícia Federal contra integrantes de um grupo de WhatsApp no qual um golpe de Estado foi discutido e defendido.
Ataques ao STF
O pastor Silas Malafaia, aliado próximo a Jair Bolsonaro (PL), sinalizou uma subida de tom para os atos que ganharão as ruas no dia 7 de Setembro deste ano.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, Malafaia pretende fazer discursos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente Alexandre de Moraes, após a determinação de uma operação da Polícia Federal contra empresários simpatizantes a Bolsonaro.
A ala política no entorno do chefe do Executivo, porém, recomendou que Bolsonaro seja mais "comportado" nos atos, não fazendo ataques contra o STF ou o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) devido a proximidade com as eleições deste ano.
Segundo o colunista, Malafaia garantiu que estará no palanque ao lado de Bolsonaro e promete criticas contra Moraes: "O ânimo vai esquentar”.
Marcha de tratores
Ruralistas que apoiam Jair Bolsonaro também planejam participar do desfile na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e dar seu apoio ao governo.
Segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo, 28 tratores devem participar da parada, ao lado de tanques e cavalos.
Ao todo, vão desfilar 5, 7 mil pessoas entre integrantes das Forças Armadas, das polícias e até estudantes de escolas públicas.
Luciano Hang organiza ato
O empresário Luciano Hang, fundador e dono da rede de lojas Havan, disse na quarta-feira, 24, que organizará um "ato pela liberdade" no dia 7 de setembro, segundo informações do Estadão Conteúdo.
Hang diz estar sofrendo "cerceamento de sua liberdade de expressão" por ter tido perfis em redes sociais suspensos. Ele e outros sete empresários bolsonaristas estão sendo investigados pela Polícia Federal por trocas de mensagens de cunho golpista em um grupo do WhatsApp.
Por outro lado
Militares que participam da organização do desfile que vai ocorrer na orla de Copacabana (RJ), na data que marca os 200 anos da Independência do País, querem, no entanto, distância de atos políticos que vão acontecer próximo ao hotel Copacabana Palace.
De acordo com a CNN Brasil, os organizadores estudam reservar uma área para autoridades na região do Forte de Copacabana, garantindo, dessa forma, um bom distanciamento das manifestações pró-Bolsonaro mais à frente.
A ideia partiu do Comando Militar do Leste do Exército Brasileiro, demonstrando a preocupação de confundir as festas pelo Dia da Independência com manifestações de cunho político.