O empresário Paulo Marinho, ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e suplente do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), declarou apoio público ao candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que tem "que pagar uma penitência de 2018", quando participou da campanha do atual chefe do Executivo.
"Quem conhece Bolsonaro como eu conheço vota no Lula. Eu tenho que pagar uma penitência de 2018. Minha mulher costuma dizer que eu precisaria subir a escada da Penha 50 vezes para pagar essa pretensão. Como eu não tenho essa disposição toda, eu achei que agora não é mais o momento de ficar de voto nulo, voto em branco, você precisa de lado. Meu lado agora é apoiar o Lula", afirmou Marinho a jornalistas. O empresário participou do encontro do coletivo "Derrubando Muros" com o ex-presidente nesta tarde, em São Paulo.
Marinho disse ainda que o desejo de "tirar Bolsonaro é tão grande" que votou em Lula inclusive no primeiro turno. "E vou repetir esse voto agora no segundo turno", emendou. O empresário afirmou ainda que se colocou 100% à disposição de Lula e sua equipe na campanha. Instigado sobre como poderia colaborar nesta segunda rodada das eleições, ele declarou que "conhece muitas histórias do capitão", em referência a Bolsonaro, apesar de negar a existência de revelações comprometedoras.
Marinho participou da campanha de Bolsonaro em 2018 e hoje é desafeto do presidente. Este ano, ele colaborou na pré-campanha do então pré-candidato à Presidência André Janones (Avante), deputado federal reeleito, que se aliou Lula no primeiro turno e integra o núcleo de campanha do petista.