Tabata Amaral, candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), mudou o valor de seu patrimônio declarado junto à Justiça Eleitoral. Na segunda-feira, 12, quando oficializou sua candidatura, ela havia declarado R$ 556.700,29 em bens, valor idêntico ao informado em 2022, quando foi eleita deputada federal. Agora, nesta terça-feira, 13, o montante subiu para R$ 807.841,11. A diferença é de mais de R$ 250 mil.
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Como o Terra informou em reportagem que reúne detalhes sobre os patrimônios dos candidatos à chefia do Executivo de São Paulo, a reportagem procurou a assessoria da candidata em busca de explicações sobre o valor declarado no registro de sua candidatura. Nesta terça, foi respondido que a situação se tratou de um erro do departamento jurídico.
“O departamento jurídico cometeu um erro ao declarar o patrimônio da candidata Tabata Amaral utilizando informações desatualizadas. Ao identificá-lo, retificamos imediatamente. O tempo de atualização foi devido à demora do site DivulgaCand, conforme o protocolo em anexo. Os dados estão atualizados", informou a campanha de Tabata, em nota.
O atual patrimônio de Tabata, de R$ 807,8 mil, é composto por R$ 799,3 mil investidos em aplicações e R$ 8,5 mil guardados em depósito bancário. Ela não declarou imóveis ou veículos.
A dinâmica de seu patrimônio segue similar à declarada nos últimos anos. Em 2022, quando Tabata Amaral foi eleita deputada federal por São Paulo, ela possuía R$ 492,7 mil em aplicações e R$ 63,9 mil em depósito bancário – somando R$ 556,7 mil.
Já em 2018, em sua primeira eleição como deputada federal, a jovem contava com R$ 122,9 mil de patrimônio. O valor também era dividido entre investimentos e saldo em banco.
De 2018 a 2024, período em que Tabata seguiu carreira política, seu patrimônio cresceu R$ 684.898,13.
Outros candidatos
Até esta terça-feira, a cidade de São Paulo contava com oito candidatos ao cargo de chefe do Executivo registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contando com Tabata. Nesse processo, a declaração patrimonial é um dos requisitos obrigatórios para concorrer às eleições – e, neste ano, os bens dos candidatos vão de R$ 199 mil a R$ 193 milhões.
Conforme apurado pelo Terra, em ordem alfabética, estão registrados: Altino Prazeres (PSTU), Datena (PSBD), Guilherme Boulos (PSOL), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Ricardo Senese (UP) e Tabata Amaral (PSB).
Destes, o maior patrimônio é de Pablo Marçal, que declarou R$ 193,5 milhões – R$ 105 milhões a mais do que declarou ao tentar concorrer ao cargo de deputado federal em 2022. Para se ter dimensão do dinheiro, o valor é mais de 3 vezes maior que a soma dos patrimônios declarados por todos os demais candidatos (que dá R$ 54.687.526,98).
José Luiz Datena que, até então, foi o último a oficializar seu registro, aparece como o segundo mais rico, com patrimônio de R$ 38.301.790,28. A maior fatia de seu patrimônio é voltada a planos de previdência Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que acumula R$ 25,7 milhões. Seu registro ficou disponível na manhã desta terça-feira.
A terceira mais rica é Marina Helena, com R$ 9,7 milhões. Ela não é estreante na política, mas, após solicitação feita por ela, teve seus dados financeiros apagados do DivulgaCand, que tem como princípio dar transparência às informações dos candidatos. O registro que se tinha era de que ela acumulava R$ 8,4 milhões em 2022.
Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo, aparece na sequência com a bolada de R$ 4,8 milhões. Entre os candidatos, ele é o que participou de mais corridas eleitorais. A primeira vez que se candidatou foi em 2012, quando foi eleito vereador de São Paulo; na época, ele já acumulava R$ 4,2 milhões.