O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta quinta-feira, 20, a decisão que determina a abertura de uma investigação de um suposto esquema de desinformação nas redes sociais envolvendo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e perfis de apoiadores da família Bolsonaro.
Na última terça-feira, 18, o ministro Benedito Gonçalves deu um prazo de três dias para que Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), preste contas sobre o uso das redes sociais com objetivo político-eleitoral.
A lista de pessoas que serão investigadas inclui o nome do próprio presidente Bolsonaro, candidato à reeleição.
O ministro do TSE determinou ainda que as redes identifiquem quem são os donos de 28 perfis suspeitos de propagarem informações falsas sobre o processo eleitoral, além de suspender a monetização de canais no YouTube até o fim do segundo turno.
O TSE foi acionado pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que alegou haver uma rede coordenada e orquestrada para disseminar informações falsas no período eleitoral.
Na manhã da quarta-feira, 19, Carlos Bolsonaro realizou postagens sobre o combate à desinformação em seu perfil no Twitter. Em um longo desabafo, ele declarou que "a censura no Brasil caminha a passos largos", visto que "órgãos estão rasgando as leis que regem o país"
O art. 115 do Código Penal que trata da lei de prescrição de crimes é explícito quando reduz a metade da pena para o CRIMINOSO, não tirando a adjetivação do mencionado. A censura no Brasil caminha a passos largos com órgãos rasgando as leis que regem a ordem do país!
— Carlos Bolsonaro 2️⃣2️⃣ (@CarlosBolsonaro) October 19, 2022