O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves foi proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de veicular informações em sua campanha no rádio e na TV sobre o irmão da presidente e atual postulante à reeleição, Dilma Rousseff.
O ministro-relator do caso, Admar Gonzaga Neto usou como base a decisão do último sábado de outro ministro, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, que pediu ao PT para retirar do ar a propaganda que ataca Aécio Neves pela construção do Aeroporto de Cláudio, em Minas Gerais, em um terreno de um familiar do candidato social-democrata.
“O candidato Representado (Aécio Neves), utilizando-se de uma mentira, atribuiu ao Representante (Igor Rousseff), um ato de improbidade administrativa, além de ofender sua honra”, explicou o ministro em sua decisão.
Nas peças das propagandas políticas e durante o debate do SBT, realizado na última quinta-feira, o candidato tucano afirmou que Igor Rousseff, funcionário público durante a administração de Fernando Pimentel à frente da prefeitura de Belo Horizonte, não aparecia para trabalhar, sendo caracterizado como “funcionário fantasma”.
“O seu irmão, candidata, foi nomeado pelo prefeito Fernando Pimentel, no dia 20 de setembro de 2003 e nunca apareceu para trabalhar, candidata! Essa é a grande verdade, lamento ter que trazer esse tema aqui”, disse Aécio durante o debate, conforme consta no documento.
“O seu irmão recebe e não trabalha nada. Infelizmente, agora nós sabemos porque a senhora disse que não nomeou parentes no seu governo”, completou o pretende tucano ao cargo majoritário.
Admar Gonzaga ainda coloca na sua decisão que o irmão da presidente “expõe suas explicações que, em síntese, demonstram ter integrado a equipe do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, tendo sido nomeado em meados de 2003”.
Com a decisão, o PSDB e Aécio Neves devem deixar de veicular a propaganda em programas no rádio e na TV.
Veja o cenário eleitoral nos estados