Veja o panorama das chapas à Presidência nos últimos 20 anos

Quais partidos políticos do Brasil montaram coligação nas eleições para a Presidência? PT e PSDB encabeçaram chapas, mas e outros partidos?

16 ago 2018 - 11h37
(atualizado às 11h37)

Mais um capítulo na campanha presidencial de 2018 foi concluído nesta quarta-feira (15), quando os 13 pré-candidatos registraram suas candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desses, cinco são de partidos que decidiram concorrer de forma isolada: Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), João Amoêdo (Novo), Eymael (Democracia Cristã) e João Goulart Filho (PPL). Já os outros oito fecharam coligações para dar sustentação à campanha: Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Lula (PT).

Os partidos montam coligações por diversas razões. Para o governo federal, os que são cabeça de chapa normalmente buscam mais tempo de televisão e apoio no legislativo. Em contrapartida, os integrantes ganham poder dentro do governo, que pode ser revertido em controle de ministérios ou indicação para o cargo de vice-presidente. O fato é que nas últimas seis eleições, foi comum que partidos trocassem de apoio entre um pleito e outro por interesse político, e poucos foram os partidos que mantiveram coligação nos últimos 20 anos.

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Palácio do Planalto
Palácio do Planalto
Foto: Reuters

Com dados do TSE organizados pelo CepespData, plataforma de acesso a dados eleitorais desenvolvida pelo Centro de Política e Economia do Setor Público (CEPESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Terra mostra como as siglas se organizaram no período. O mapa de relações abaixo é interativo e você pode pesquisar cada sigla, além de rearranjar a forma como eles aparecem na tela.

Curiosidades

- PT e PSDB foram os únicos partidos que foram cabeça de chapa de 1998 a 2018;

- O PC do B foi o único partido que fez coligação com o PT em todas as eleições presidenciais;

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- O DEM fez chapa com o PSDB em cinco dos seis pleitos (contando o tempo do antigo PFL, antigo nome da sigla). A única exceção foi em 2002;

- O MDB, que em 2018 lançou Henrique Meirelles à presidência, compôs chapa e indicou o candidato à vice-presidência tanto para o PT quanto para o PSDB. PMN, Podemos, PP, PR, PRB, PSD e PTC são os outros partidos que apoiaram os dois;

- Lula (PT), Zé Maria (PSTU) e Eymael (Democracia Cristã) são os candidatos que mais vezes disputaram a presidência no período. Cada um tentou quatro vezes, sendo que Lula venceu em 2002 e 2006;

- Marina Silva disputou a presidência três vezes, por três partidos diferentes: PV, PSB e Rede. Já Ciro Gomes, que também disputou três vezes, concorreu por PPS e PDT;

- Desde que foi criado, em 2004, o PSOL concorreu à presidência em todas as oportunidades, sempre como cabeça de chapa ou partido isolado;

- A maior coligação registrada foi a que apoiou Dilma Rousseff em 2010, com dez partidos. Ela ganhou essa eleição;

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- Em 2014, Dilma concorreu à reeleição apoiada por uma chapa que tinha nove partidos. Seu rival no segundo turno, Aécio Neves (PSDB) também tinha uma chapa com nove partidos. A única outra vez em que mais de seis partidos se coligaram foi em 2018, com Geraldo Alckmin (PSDB) também conseguindo uma chapa com nove partidos

- O PTC já formou chapa para apoiar PSB, PT, PSDB e Podemos nas seis eleições

Histórico

Navegue pelo histórico. Passe o mouse e veja quantos e quais partidos compuseram cada coligação.

Em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que havia conseguido aprovar o projeto que previa a possibilidade de reeleição, conseguiu montar uma chapa com outros quatro partidos. O vice-presidente da chapa era Marco Maciel, político pernambucano do PFL, e eles se elegeram no primeiro turno. Em segundo lugar no resultado final, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encabeçava uma chapa que contava com cinco partidos. Ciro Gomes (PPS) estava à frente de uma chapa com três siglas. Os outros nove candidatos lançaram candidaturas isoladas, sem formação de chapa.

Em 2002, o PT conseguiu eleger Lula como presidente após três tentativas, no segundo turno. O partido havia formado aliança com quatro partidos. Coligações com três partidos cada indicaram Ciro Gomes (PPS) e Anthony Garotinho (PSB) como candidatos a presidente. A última coligação foi formada apenas por PSDB e PMDB, que indicou José Serra (PSDB) a presidente. PSTU e PCO lançaram candidaturas isoladas.

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No ano em que Lula concorreu à reeleição, em 2006, a coligação do PT tinha apenas outros dois partidos: PC do B e PRB. O segundo colocado nas eleições, o PSDB, formou coligação apenas com o PFL, com indicação de Geraldo Alckmin (PSDB). A terceira chapa foi formada por PCB, PSTU e PSOL, que indicou Heloísa Helena. Outros quatro partidos lançaram candidatura isolada.

Em 2010, a chapa da então candidata Dilma Rousseff (PT) foi a maior já registrada no TSE (e continua sendo um recorde): dez siglas, no total. A chapa do PSDB, que concorreu com José Serra à frente, tinha seis partidos. Essas foram as únicas coligações montadas, sendo que as outras sete candidaturas foram isoladas.

Por fim, em 2014, o desgaste do PT fez com que a chapa de Dilma Rousseff perdesse um componente. Eles alinharam com nove partidos. A coligação de Aécio Neves (PSDB) também teve nove. A chapa que apostava em Eduardo Campos (PSB) para a presidência, que acabou com Marina Silva após a morte do pernambucano, tinha seis partidos. Outros oito lançaram candidaturas isoladas.

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Fonte: Redação Terra
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