Em evento após denúncias, Pedro Guimarães cita esposa e ética

Jornalistas foram impedidos de cobrir lançamento e de conversas com funcionários do banco

29 jun 2022 - 12h03
Pedro Guimarães
Pedro Guimarães
Foto: Reuters

Pressionado a deixar o cargo após denúncias de assédio sexual, Pedro Guimarães, presidente da Caixa, participou de um evento do banco estatal na manhã desta quarta-feira, 29.

O lançamento do Plano Safra foi realizado a portas fechadas, sem permissão de entrada de jornalistas, na sede da Caixa Cultural em Brasília.

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Em um breve pronunciamento, Guimarães citou sua esposa, Marcela Guimarães, e mencionou uma "vida inteira pautada pela ética".

"Quero agradecer a presença de todos vocês, da minha esposa - acho que de uma maneira muito clara, são quase 20 anos juntos, dois filhos - uma vida inteira pautada pela ética. Tanto é verdade que, quando assumi o banco, o banco tinha os piores ratings das estatais. Dez anos de balanço com ressalvas, uma série de questões que todos vocês sabem. Hoje a gente é um exemplo, tenho muito orgulho do trabalho de todos vocês e da maneira como eu sempre me pautei, em toda a minha vida", afirmou.

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Além de proibidos de entrar, os jornalistas que tentaram cobrir o evento também foram impedidos de conversar com funcionários do banco.

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Segundo o jornal O Globo, quando jornalistas tentaram a abordagem, assessores do gabinete de imprensa interferiram, alegando que os funcionários não podiam dar declarações.

Coletiva cancelada

Em nota na noite de terça-feira, a Caixa Econômica Federal informou que o pronunciamento e a coletiva de imprensa com o presidente do banco, previstos para a manhã de quarta-feira, foram cancelados.

O banco promove o evento em Brasília, na Caixa Cultural, para tratar da estratégia da CEF para o Plano Safra 22/23.

Além de fazer um pronunciamento, Guimarães responderia a perguntas de jornalistas. A Caixa não informou o motivo dos cancelamentos.

O caso

O portal Metrópoles publicou nessa terça-feira que o executivo é investigado pelo Ministério Público Federal por suposto crime de assédio sexual.

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As denúncias foram feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal. Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco.

Em nota, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.

"A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de 'qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça'”, informou, em nota ao site.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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