O general da reserva Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições 2018, registrou sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como "indígena".
Na semana passada, o candidato à vice-presidência da República envolveu-se em uma polêmica ao afirmar que o Brasil "herdou a cultura de privilégios dos ibéricos, a indolência dos indígenas e a malandragem dos africanos". A declaração foi feita em um evento em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, quando Mourão falava sobre as condições de subdesenvolvimento do País e da América Latina.
"E o nosso Brasil? Já citei nosso porte estratégico. Mas tem uma dificuldade para transformar isso em poder. Ainda existe o famoso 'complexo de vira-lata' aqui no nosso País, infelizmente", disse Mourão. "Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem. Nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, esse é o nosso 'cadinho' cultural", afirmou o vice de Bolsonaro na ocasião.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o general da reserva afirmou que decidiu registrar-se como indígena por não ser "nem branco, nem pardo" e reforçou ser filho de índios.
Patrimônio
Nesta terça-feira, 14, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) também registrou sua candidatura à Presidência, com um patrimônio de R$ 2,287 milhões. Desse total, R$ 1,383 milhão é referente ao valor de cinco casas que o deputado fluminense colocou em sua declaração de bens. O restante do valor é composto por veículos e aplicações financeiras.