Todos os agentes penitenciários e funcionários mantidos como reféns por detentos nas prisões do Equador foram libertados na noite deste sábado (13/01), informou o SNAI, serviço estatal encarregado da administração das prisões.
Nas prisões havia pelo menos 178 reféns, incluindo agentes penitenciários e funcionários administrativos, que começaram a ser libertados aos poucos nos dias seguintes à eclosão da crise, até este sábado, quando o restante foi libertado, pouco mais de 150, de acordo com os últimos números oficiais.
Os protocolos de segurança e o trabalho conjunto com a Polícia Nacional e as Forças Armadas foram concluídos com sucesso com a libertação de todos (...) aqueles que estavam detidos nos diferentes Centros de Privação de Liberdade (CPL) do país", disse a entidade em um comunicado.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, que na última semana enfrentou um forte ataque das quadrilhas de drogas, confirmou a libertação de pessoas detidas em prisões de sete províncias do país, que se estendem da fronteira com a Colômbia (norte) ao Peru (sul).
"Estamos liberados (...) Graças a Deus, todos nós saímos com segurança", disse um funcionário da prisão mostrando uma bandeira do Equador e em frente a um grupo de guardas libertados da prisão na província andina de Cotopaxi (sul), de acordo com um vídeo postado nas redes sociais.
Noboa parabenizou forças de segurança
O presidente parabenizou as forças de segurança e seus ministros de governo e defesa "por terem conseguido a libertação" dos funcionários da prisão, na rede X, antigo Twitter.
Em um relatório anterior, o SNAI havia indicado que 133 guardas e três funcionários administrativos ainda estavam detidos.
Os motins se tornaram o foco dessa crise de violência que começou em 9 de janeiro com uma série de ataques e ações intimidatórias que incluíram a invasão de um grupo armado a uma estação de televisão, o que levou o governo a declarar "guerra" contra essas gangues, que agora são classificadas como grupos terroristas.
Durante os primeiros quatro dias da declaração pelo governo equatoriano do "conflito armado interno", 1.105 supostos criminosos foram presos, 94 deles por suposto terrorismo, enquanto cinco supostos "terroristas" foram baleados e dois policiais foram mortos.
Onda de violência deixou menos 10 mortos
A onda de violência deixou ao menos 10 mortos. Houve motins em prisões, fugas de criminosos, ataques a delegacias e sequestros de policiais.
A crise começou na segunda-feira passada, após a fuga da prisão do criminoso José Adolfo Macías, mais conhecido como "Fito" e chefe de uma das facções criminosas mais temidas do país.
Na terça-feira, Noboa classificou 22 gangues como organizações terroristas, tornando-as alvos militares oficiais. No mesmo dia, foram registrados sequestros, invasões e explosões em cidades do país,