BRASÍLIA - Um dia depois de prestar depoimento num desdobramento da Lava Jato, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi escolhido nesta terça-feira, 19, pelo presidente Jair Bolsonaro como líder do seu governo no Senado. O parlamentar é suspeito de ter de recebido R$ 2 milhões de empreiteiras por obras no Porto de Suape, em Pernambuco.
Bezerra foi ministro da Integração do governo Dilma Rousseff, quando ainda estava no PSB, e foi líder de Michel Temer no Senado no ano passado. Em Pernambuco, foi secretário no governo de Eduardo Campos, morto em 2014.
Ao todo, o senador é alvo de cinco inquéritos, dois deles por supostos crimes contra a lei de licitações quando era prefeito de Petrolina, dois do período em que era secretário estadual e um da época em que foi ministro.
Um dos inquéritos em que Bezerra consta como investigado apura irregularidades relacionadas a obras da Arena Pernambuco - um dos estádios da Copa do Mundo em 2014.
No caso em que prestou depoimento nesta segunda-feira, 18, Bezerra foi apontado por executivos da Odebrecht como destinatário de repasses indevidos da construtora e da OAS após fraude em licitação.
Procurado nesta terça-feira, o senador negou irregularidades em todos os casos e disse estar tranquilo quanto às investigações. "Já tive duas denúncias rejeitadas pelo Supremo, uma delas da Lava Jato", afirmou o novo líder de Bolsonaro.
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