Um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Basileia, na Suíça, trouxe à tona evidências científicas que confirmam o impacto positivo dos cães na atividade cerebral humana. Publicado na renomada revista científica PLOS One, o estudo destaca como a interação com esses animais afeta diretamente o córtex pré-frontal, região responsável pelo raciocínio lógico e pelo controle emocional.
Acariciar cães fortalece o cérebro
O estudo revela que atividades simples, como acariciar um cão ou estar em sua companhia, estimulam a atividade do córtex pré-frontal. Essa área cerebral desempenha um papel crucial na inteligência, na tomada de decisões e no controle das emoções, conectando-se a outras partes do cérebro, como o lobo parietal, associado às sensações, e o sistema límbico, que regula as emoções.
Além dos aspectos cognitivos, o contato com cães parece ativar mecanismos de relaxamento e bem-estar, o que pode ser especialmente benéfico para pessoas que lidam com estresse, ansiedade ou solidão.
O estudo
A pesquisa foi conduzida com rigor científico por uma equipe multidisciplinar da Universidade de Basileia. Em seus experimentos, os pesquisadores mediram a atividade cerebral dos participantes durante interações com cães e compararam os resultados com situações sem a presença dos animais. Os dados apontaram um aumento significativo na atividade do córtex pré-frontal quando os voluntários estavam com os cães, mesmo em momentos sem contato direto.
Publicado originalmente em 2022, o estudo reforça a crescente evidência de que a convivência com animais pode ser mais do que uma fonte de alegria: ela também promove benefícios tangíveis à saúde mental e cognitiva. Os resultados dessa pesquisa abrem caminho para novas discussões sobre o uso de cães em terapias assistidas, especialmente no tratamento de transtornos emocionais e cognitivos.
Além disso, destacam a importância de valorizar a relação humano-animal em uma sociedade cada vez mais tecnológica e urbana. Ao que tudo indica, o velho ditado "o cão é o melhor amigo do homem" não é apenas emocionalmente verdadeiro, mas também cientificamente comprovado.