Ex-prefeito de Caxias é alvo da PF sobre falsificação de carteira de vacinação de Bolsonaro

Washington Reis (MDB) é um dos alvos da operação nesta quinta-feira (4), na 2ª fase da Operação Venire. Ele é o atual secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro

4 jul 2024 - 09h06
(atualizado às 10h12)

O secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), é alvo da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (4), na 2ª fase da Operação Venire, sobre a suposta fraude nos cartões de vacinação da família de Jair Bolsonaro (PL), em 2022. O ex-presidente sempre negou ter se vacinado.

Washington Reis e Célia Serrano
Washington Reis e Célia Serrano
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Os sistemas do Ministério da Saúde indicam que duas doses de vacinas contra a Covid foram aplicadas em Bolsonaro no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022.

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A suposta falsificação teria o objetivo primeiro garantir a entrada do ex-presidente Bolsonaro, familiares e também auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. O então presidente deixou o país no penúltimo dia de mandato, em 30 de dezembro de 2022.

Bolsonaro e a vacina

De acordo com as investigações dos agentes federais, foram inseridos no sistema apenas no dia 21 de dezembro, pelo então secretário municipal de Governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e removidos seis dias depois, por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, com a alegação de que teria havido um "erro".

Foi exatamente no dia 27 de dezembro que um computador cadastrado no Palácio do Planalto acessou o ConecteSUS a fim de gerar os certificados de vacinação para impressão.

Na ocasião, Bolsonaro afirmou que não tomou vacina e que não houve adulteração nos registros de saúde dele e da filha. "Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso", disse.

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Operação da PF

Nesta quinta, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão pela PF que emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O objetivo é de "buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento". Célia Serrano, secretária de Saúde de Duque de Caxias, também é alvo da Polícia Federal.

O esquema teria adulterado os cartões de vacina:

  • do então presidente Jair Bolsonaro;
  • da filha mais nova dele, Laura;
  • de assessores do então presidente;
  • do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão do então prefeito de Duque de Caxias.
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