Exame pericial comprova que Anic Herdy foi morta por asfixia

A advogada Anic Almeida Peixoto Herdy foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro, ao sair a pé de um shopping em Petrópolis

29 set 2024 - 13h22
A advogada Anic Almeida Peixoto Herdy foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro, ao sair a pé de um shopping em Petrópolis
A advogada Anic Almeida Peixoto Herdy foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro, ao sair a pé de um shopping em Petrópolis
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

A advogada Anic Almeida Peixoto Herdy foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro, ao sair a pé de um shopping em Petrópolis. Segundo as investigações, a advogada teria embarcado em um carro dirigido pelo técnico de informática Lourival Corrêa Fatica. Os dois foram a um motel em Itaipava, distrito de Petrópolis, onde o crime aconteceu.

Desde então, a família de Anic enfrentou momentos de desespero, sendo coagida a pagar um resgate enquanto a advogada já estava morta. A busca pela verdade começou a ganhar forma conforme mais informações eram descobertas sobre o caso.

Como ocorreu o crime?

Após intensa investigação, Lourival confessou o assassinato da advogada. Ele alegou que o crime ocorreu no motel onde haviam se encontrado. Após cometer o delito, Lourival enrolou a vítima em um lençol, transportou até sua casa e a sepultou sob uma sapata de um muro, cobrindo o local com cimento para evitar que fosse descoberto.

Na casa de Lourival, na região Serrana do Rio de Janeiro, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão que desvendou a localização do corpo da advogada. O cadáver foi encontrado algemado, com roupas que Anic vestia no dia de seu desaparecimento, além de próteses de silicone e uma aliança com o nome do marido, Benjamin Cordeiro Herdy.

Por que o corpo de Anic não foi velado?

Devido ao avançado estado de decomposição do corpo, os peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Petrópolis concluíram que não seria possível realizar um velório. A identificação do corpo foi um desafio para os técnicos, que precisaram realizar exames adicionais.

Este cenário desolador marcou um triste desfecho para a família de Anic, que além de perder um ente querido, passou por um doloroso período de incertezas e esperanças vãs de resgate.

Durante o depoimento, após a descoberta do corpo, Lourival tentou modificar sua versão dos fatos, alegando que o marido de Anic, Benjamin Herdy, teria sido o mandante do crime. No entanto, esta alegação não encontrou respaldo nas investigações posteriores.

A quebra do sigilo de dados e telemáticos, somada às inúmeras diligências realizadas pela polícia, indicaram que Lourival agiu sozinho. As investigações incluíram viagens a Foz do Iguaçu, no Paraguai, para garantir que nenhuma suspeita fosse deixada de lado.

Os Desdobramentos da Investigação

Nos últimos sete meses, a investigação não mediu esforços para trazer justiça ao caso. Foram realizadas quatro prisões, apreensão de veículos e sequestro de bens que o réu adquiriu após o crime. Ao todo, quase R$ 1,5 milhões foram recuperados pelos agentes.

Durante diversas fases da investigação, Lourival preferiu manter silêncio, dificultando o trabalho da polícia. Contudo, a dedicação e persistência das autoridades resultaram na resolução do caso, trazendo um mínimo de consolo à família de Anic, que finalmente pôde entender os trágicos eventos que culminaram na perda de sua amada.

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