Uma explosão foi ouvida nesta segunda-feira (11), no terminal rodoviário de Port Authority, localizado em Nova York e considerado o maior do mundo. Testemunhas relataram cenas de pânico no local. Autoridades tratam o incidente como atentado terrorista. O Corpo de Bombeiros de Nova York informou que quatro pessoas ficaram feridas. A polícia disse que nenhum ferido corre risco de vida. Segundo os agentes, um dos feridos é Akayed Ullah, que está preso por suposta ligação com o incidente. Ele carregava bombas em seu corpo.
A polícia de Nova York havia informado, pelo Twitter, que apenas uma pessoa tinha sido ferida na explosão. Também pelo Twitter, a polícia confirmou que atendeu a um chamado entre a 24ª e a 8ª Avenida em Manhattan. As linhas A, C e E do metrô foram evacuadas e os serviços, interrompidos. A origem da explosão ainda é desconhecida, apesar de agentes de polícia falarem que possa ter sido uma bomba.
O terminal fica bem no centro de Manhattan, perto da loja do famoso confeiteiro Buddy Valastro, a Carlos Bakery, e da Times Square, um dos maiores pontos turísticos de Nova York. O Port Authority Bus Terminal é o maior terminal rodoviário do mundo. Ele entrou em funcionamento em 15 de dezembro de 1950.
"Vingança"
O bengalês Akayed Ullah teria como motivação as "ações de Israel contra a população de Gaza". A informação é da rede CNN, que cita fontes investigativas. A tentativa de ataque ocorreu cinco dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter reconhecido Jerusalém como capital israelense, decisão que inflamou os ânimos de muçulmanos no mundo todo e gerou ameaças de atentados de grupos fundamentalistas.
Anteriormente, a imprensa norte-americana havia divulgado que a ação de Ullah era uma retaliação a supostos "bombardeios" contra Bangladesh, embora seu país seja aliado dos EUA. Morador do Brooklin, Akayed Ullah, 27 anos, é originário de Bangladesh e trabalhava como taxista nos Estados Unidos. "Bombardearam meu país, então queria causar algum mal aqui", teria dito o terrorista.
Segundo o chefe da polícia de Nova York, James O'Neill, Akayed teria acoplado um "explosivo improvisado de baixa tecnologia" ao corpo, mas a bomba detonou antes da hora prevista, frustrando o ataque. "Aqui é Nova York e a realidade é que somos um alvo", disse o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo. "Somos um alvo internacional. Devemos seguir adiante, todos juntos", completou, pontuando que qualquer pessoa navega na internet pode aprender a como fabricar bombas e realizar ataques hoje em dia.
As autoridades de Nova York descartatam novas ameaças na cidade, mas informaram que a segurança será reforçada hoje. Além disso, as linhas de metrô e de ônibus que estavam com os serviços interrompidos devido ao atentado irão voltar a operar normalmente.