Os responsáveis pela morte do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foram revelados. Uma facção criminosa do país, conhecida como "Los Lobos", assumiu hoje (10) a autoria do assassinato. Em um vídeo publicado na rede social X - antigo Twitter - integrantes do grupo aparecem encapuzados e segurando armas de fogo, enquanto fazem ameaças a um outro candidato.
A organização criminosa, que é considerada a segunda maior do país, atua com tráfico internacional de cocaína, além de ter se envolvido recentemente em mortes brutais dentro de presídios no Equador, segundo informações do portal g1. Os criminosos foram responsáveis também por uma rebelião que deixou 43 mortos em um presídio de Santo Domingo, em maio do ano passado.
O grupo é formado por cerca de 8 mil pessoas e é dissidente da facção "Los Cocheros", braço do Cartel de Sinaloa no território equatoriano.
O caso
Fernando Villavicencio foi assassinado na quarta-feira (9). Ele levou três tiros na cabeça depois de sair de um encontro político na cidade de Quito. Em um perfil do Instagram do candidato há vídeos que mostram o atentado, que ocorreu por volta das 18h20 (horário local).
Segundo o jornal "El Universo", as pessoas que estavam no encontro de campanha ouviram disparos e então notaram que Villavicencio caiu no chão. Ele estava em 5º lugar em uma pesquisa publicada na terça-feira (8).
O crime aconteceu faltando apenas 11 dias para as eleições, marcadas para 20 de agosto. Além dele, outros sete candidatos disputam o cargo; o atual presidente é Guillermo Lasso. O Equador enfrenta uma grave crise política, e Lasso chegou a ser alvo de uma tentativa de impeachment. Uma pesquisa de intenção de votos feita pela ClickReport, entre 4 e 6 de agosto, mostrou Villavicencio com 7,5% das inteções de voto, ocupando o quarto lugar na disputa eleitoral. A candidata Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, aparece com 29,2% das intenções.