Faculdade Santa Marcelina interdita atlética de Medicina responsável por faixa com alusão a estupro

Os estudantes foram fotografados no evento esportivo, voltado aos calouros do curso, no último sábado, 15

22 mar 2025 - 09h04
Estudantes da Atlética de medicina da Faculdade Santa Marcelina posam com faixa que faz apologia ao estupro.
Estudantes da Atlética de medicina da Faculdade Santa Marcelina posam com faixa que faz apologia ao estupro.
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Faculdade Santa Marcelina, localizada na Zona Leste de São Paulo, interditou a atlética de Medicina “até segunda ordem” após um grupo de alunos cantar um hino e usar bandeiras com dizeres “entra a porra, escorre sangue”, em alusão ao crime de estupro. A decisão da instituição foi tomada na sexta-feira, 21. 

Os estudantes foram fotografados no evento esportivo, voltado aos calouros do curso, no último sábado. 15. A imagem do evento mostra ao menos 20 estudantes segurando a faixa, que segundo os alunos, teria sido  inspirada em uma letra de uma música, banida pela instituição em 2017.

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A letra fazia apologia à violência sexual e continha expressões explícitas de desrespeito, com versos como "entra porra e sai sangue" e referências à violência sexual contra mulheres. Após denúncia dos coletivos da faculdade, a música foi banida da instituição.

"Comunicamos que as medidas adotadas sobre o caso relacionado à bandeira usada pela Atlética de Medicina no dia 15/03, até o momento, são: Instauração de sindicância; Comunicação dos fatos ao Ministério Público; Identificação dos alunos à Polícia Civil do Estado de São Paulo, em atendimento à Delegacia da Mulher; Interdição da Atlética até 2ª ordem; Respostas às ouvidorias", comunicou a instituição em sua conta no Instagram.

As atléticas são agremiações formadas por faculdades e universidades para a programação de eventos esportivos, sociais, culturais e festivos. Na noite de sábado, dia do ocorrido, o presidente da Atlética divulgou um pedido de desculpas, alegando que não havia lido o conteúdo da faixa antes de posar para a foto. Posteriormente, ele e vice-presidentes foram afastados.

Fonte: Redação Terra
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