Enquanto o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), negocia com líderes mundiais como Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Xi Jinping, presidente na China, na Cúpula do G20, os jornalistas acompanham tudo a pouco mais de 200 metros dali. Os profissionais de imprensa estão próximos, mas não dentro da reunião. Para conseguir alocar mais de 2 mil credenciados, a organização do evento montou um Centro Internacional de Mídia, onde a atenção de jornalistas de todo o mundo se volta para o mesmo lugar.
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Os chefes de Estado se reúnem nesta segunda-feira, 18, no Museu de Arte do Rio (MAM), na Zona Sul do Rio de Janeiro. O local onde os profissionais de imprensa podem trabalhar fica bem próximo dali, no Vivo Rio. O espaço é uma casa de shows, mas foi reconfigurada para atender às demandas do G20.
Esquema especial para chegar
O prefeito Eduardo Paes (PSD) decretou feriado municipal e até o Aeroporto Santos Dumont parou para evitar o entra e sai nos arredores do MAM entre esta segunda e a terça-feira, 19. As pistas de acesso ao Aterro do Flamengo, onde fica o museu, também estão fechadas. Por conta disso, os profissionais de imprensa precisaram passar por um esquema especial para acessar o Centro Internacional de Mídia.
Os credenciados devem ir a um ponto de encontro combinado com a organização. Lá, todos passam por uma revista, com direito a detector de metais, e são alocados em transfers habilitados para chegar ao Vivo Rio, mesmo com as vias fechadas. Os ônibus saem a cada 20 minutos, parando apenas para a passagem dos líderes mundiais.
No local, o cuidado com a revista continua. Os jornalistas passam por uma triagem à moda aeroporto, com direito a bandeja para colocar os pertences no raio-X e uma passagem obrigatória pelo detector de metais. Depois de todo o processo, finalmente é possível acessar o Centro Internacional de Mídia.
Como é a área de imprensa no G20?
Para conseguir juntar tanta gente no mesmo espaço, é preciso organização. Afinal, são mais de 2 mil jornalistas do mundo inteiro. O salão de imprensa cumpre com o dever. Ao entrar, é possível ver um telão enorme, onde será transmitida a reunião em tempo real. Ao lado, as bandeiras dos países-membros estão hasteadas.
Outras telas de LED menores espalhadas pelo local também servem para avisos especiais à imprensa credenciada.
Segundo a organização, são mais de mil estações de trabalho por todo o local. Uma curiosidade é que o espaço foi aberto um dia antes, no domingo, 17, para jornalistas que quisessem conhecer antes mesmo da reunião de Cúpula.
Os que foram no dia anterior, aproveitaram para garantir um lugarzinho mais perto do telão principal. Adesivos, papéis e até fitas crepe foram improvisadas para marcar os lugares de emissoras e portais internacionais. Ao olhar para as mesas, é possível ver nomes de veículos em português, inglês e até chinês.
Os chineses, aliás, representam grande parte dos profissionais de imprensa que estão no local. Os russos também estão em grande volume, seguidos de indianos, norte-americanos e ingleses.
Ao olhar para o lado, é até possível ver, lado a lado, jornalistas de todo o mundo entrando ao vivo nas televisões locais, com todos os equipamentos que um bom link pede. Pensando nisso, a equipe do G20 disponibilizou espaços especiais para gravação e Wi-Fi gratuito.
Ao longo do dia, todos os jornalistas do mundo se unem mesmo por um interesse em comum: o cafezinho. A bebida é servida à vontade no local, em copos de papel biodegradáveis, assim como sequilhos, salgados e outros lanches.
Os profissionais da imprensa devem seguir no local até o final da tarde desta segunda, quando o primeiro dia de reunião está previsto para chegar ao fim. A volta é a mesma da ida, em um transfer especial do Vivo Rio ao ponto de encontro inicial, em Botafogo.
Na terça-feira, 19, os jornalistas voltam a preencher o Centro Internacional de Mídia para o segundo e último dia de Cúpula.