Informações levantadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima(MMA) indicam que 20 municípios concentraram 85% dos focos de calor na Amazônia. Os dados, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), consideram registros feitos entre 1º de janeiro deste ano e o último dia 2 de setembro.
A Amazônia possui, atualmente, 50% dos focos de incêndio no país e parte da fumaça vai ao Sul do país, segundo relatou à coluna o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho.
Os 20 municípios que concentram a maior dos focos de calor na região amazônica estão divididos em seis estados, segundo o boletim da pasta. São eles: Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Acre.
Veja a lista das cidades:
- Apuí (AM)
- São Félix do Xingu (PA)
- Novo Progresso (PA)
- Lábrea (AM)
- Altamira (PA)
- Itaituba (PA)
- Porto Velho (RO)
- Colniza (MT)
- Novo Aripuanã (AM)
- Manicoré (AM)
- Jacareacanga (PA)
- Humaitá (AM)
- Candeias do Jamari (RO)
- Caracaraí (RR)
- Nova Mamoré (RO)
- Boca do Acre (AM)
- Feijó (AC)
- Nova Maringá (MT)
- Aripuanã (MT)
- Ourilândia do Norte (PA)
Nas imagens de satélites do Inpe, o órgão considera que um foco indica a existência de fogo em um elemento de resolução da imagem (píxel), que varia de 375 m x 375 m até 5 km x 4 km, dependendo do satélite. Neste píxel pode haver uma ou várias frentes de fogo ativo distintas que a indicação será de um único foco ou ponto, informa a página do programa de queimadas do órgão.
O presidente Lula (PT) foi ao Amazonas no final da terda desta segunda, 9, para uma série de agendas em municípios do estado com objetivo de minimizar críticas e melhorar o combate às queimadas. Está previsto nesta terça, 10, o anúncio de medidas contra a estiagem que atinge a região, responsável por secar rios, isolando cerca de 400 comunidades.
Segundo o relatório do MMA, de 1º de janeiro a 1º de setembro de 2024 foram queimados 6.718.025 hectares (10 mil m²) na Amazônia (1,6% do bioma). Na semana de 26 de agosto a 1º de setembro de 2024 houve incremento de 1.510.250 hectares em área queimada no bioma.
Foram registrados 189 incêndios (até 2 de setembro), sendo que 38 foram extintos e 158 estão ativos — dos quais 76 estão controlados. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mobilizaram 1.468 brigadistas para atuar no combate às chamas.