A nuvem de fumaça que encobre quase todo território do país é reflexo das queimadas espalhadas pelo território brasileiro. Segundo informações do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, nesta terça, 10, a maior parte dos focos de incêndio está concentrado na Amazônia, 50%. Os demais pontos se dividem em 30% no Cerrado e 20% no resto do país.
“Como estamos com uma grande área de alta pressão, o ar está circulando bem devagar vindo da Amazônia para o Sul do país levando a fumaça para grandes cidades”, disse Agostinho à coluna.
O presidente Lula (PT) foi ao Amazonas no final da terda desta segunda, 9, para uma série de agendas em municípios do estado com objetivo de minimizar críticas e melhorar o combate às queimadas. Está previsto nesta terça, 10, o anúncio de medidas contra a estiagem que atinge a região, responsável por secar rios, isolando cerca de 400 comunidades.
Queimadas
Apesar de quase não ter nuvens sobre o País, as pessoas não estão conseguindo ver o céu azul em muitos estados brasileiros. Conforme a Climatempo informou nesta segunda, 9, nos próximos dias, a fumaça deve atingir o Uruguai e também a Argentina, misturando-se com as queimadas que já estão acontecendo por lá.
Inclusive, segundo a empresa de meteorologia, o centro-norte da Argentina também está com bastante fumaça. Por lá, a fumaça vinda do Brasil acaba se misturando com as queimadas que também estão acontecendo devido ao tempo seco e quente, acrescenta.
Pelo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) citado pela Climatempo, do dia 1º de janeiro até 7 de setembro deste ano, foram identificados 156.023 focos de fogo no Brasil. É a maior quantidade de focos em 14 anos, para este período, desde 2010, quando foram detectados 163.408 focos.
*com Estadão Conteúdo