Em meio às dezenas de reuniões que estão sendo feitas desde domingo, 2, o presidente da Câmara começou a contar os votos favoráveis ao texto da reforma tributária. Na conta que Arthur Lira (PP-AL) faz com aliados, faltam cerca de 50 votos para conseguir um placar de ao menos 340, o que significa uma margem de 42 votos a mais do que os 308 necessários. A coluna apurou com fontes que acompanham as negociações do texto como está o mapa dos partidos nesta quarta-feira, 5. Veja a seguir:
Como desde domingo, 2, os deputados participam de reuniões constantes com dezenas de prefeitos, governadores, e são pressionados por representantes de associações e setores da economia (como indústria, agro, serviços, etc) os articuladores de Lira têm dificuldade de cravar quantos votos conseguirão. A partir das conversas e ajuste feitos até aqui, Lira, na tarde desta quarta, tenta garantir os seguintes votos:
120 votos da esquerda (PT, PCdoB, PV, PSOL, Rede somam 95 votos, mas consideram votos de alguns outros aliados que sempre acompanham o governo)
120 do bloco (MDB, PSD, REPUBLICANOS, PODE, PSC)
25 dos 49 do PP (com possibilidade de converter mais votos)
De 20 a 30 dos 99 do PL (partido de Jair Bolsonaro)
15 dos 59 do União Brasil (podendo chegar a 30)
14 dos 41 do Republicanos
7 dos 14 do PSDB
Lira tem se reunido com dezenas de representantes de setores da economia (como serviços, ), governadores, prefeitos e líderes partidários. Após vários ajustes para se chegar a um consenso de texto, nesta quarta-feira, o presidente pediu que os líderes das bancadas da Câmara discutam internamente e devolvam entre hoje e amanhã uma relação de quantos votos favoráveis cada sigla terá para a reforma.
O presidente Lira disse hoje, em entrevista à GloboNews, que a discussão do texto começará na tarde desta quarta, 5, e o texto será votado nesta quinta, 6. A interlocutores, o presidente tem dito que é nesta semana que grupos de interesse e grupos políticos deverão discutir o texto e apresentar suas considerações e propostas de alteração. Isso porque, quando houver garantia dos 340 votos, o texto será pautado e não haverá espaço para grandes alterações.
O relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que trabalha sobre uma versão do texto desde 2019, tem ouvido governadores e feito ajustes para chegar a um consenso que permita a votação.